A Taxa Média de Aluguel das ações da Minerva (BEEF3) disparou para 35,81% no pregão de quinta-feira (05/06/2025), o maior patamar desde janeiro de 2020. O movimento ocorre em meio à reação do mercado ao anúncio de um aumento de capital de R$ 1,7 bilhão, divulgado na segunda-feira (02/06/2025), que culminou com a queda de 7,13% das ações na quarta-feira (04/06/2025), a maior do Ibovespa naquele dia.
Embora a capitalização vise reduzir a alavancagem da companhia — que pode cair de 4,5x para 3,2x até 2026 —, o mercado reagiu negativamente à expectativa de diluição dos acionistas com a emissão de novos papéis. Um fator central para esse movimento foi o papel dos bônus de subscrição (BEEF11). Como esses bônus têm valor de mercado próprio e são negociados em bolsa, investidores poderiam optar por vender suas ações BEEF3 no mercado secundário para lucrar com os bônus BEEF11, que têm se valorizado. Essa movimentação gerou arbitragem entre BEEF3 e BEEF11, pressionando ainda mais o preço das ações e impulsionando a procura por aluguel de papéis para estratégias de venda a descoberto.
Além disso, a empresa anunciou a recompra de US$ 240,1 milhões em bonds com vencimentos em 2028 e 2031, totalizando US$ 309,1 milhões em 2025 — medida financiada com recursos do próprio aumento de capital. A operação reforça o esforço da Minerva em reduzir sua alavancagem e custos financeiros.
O conjunto de eventos — aumento de capital, temor de diluição, arbitragem com bônus e recompra de dívida — gerou um cenário de intensa movimentação nos papéis, culminando na disparada da taxa de aluguel, um sinal claro da pressão de venda e do aumento da demanda por operações vendidas com as ações da companhia.
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