Petrobras em Transição: Impactos e Expectativas da Nova Presidência

Um dos temas que mais inflamou os mercados locais na semana do dia 13 de maio foi a troca da presidência da Petrobras. Jean Paul Prates saiu e a entrada de Magda Chambriard foi aprovada pelo conselho de administração da Petrobras assumindo o cargo no dia 24 de maio.

Troca de Presidência

Nos últimos três anos, tivemos seis presidentes na Petrobras. Isso se deve, em grande parte, à dificuldade de equilibrar os interesses públicos e privados. Isso se torna muito ruim para uma empresa cujos projetos precisam de longos prazos de maturação. Outro agravante com esta troca é que ela traz de volta a insegurança sobre o futuro da empresa, devido aos problemas que ela enfrentou no passado sob o comando de pessoas mais voltadas aos interesses públicos.

A atual nomeada à presidente, Magda Chambriard, é engenheira de formação e foi funcionária da Petrobras por 22 anos. Em 2022, ela saiu da estatal para trabalhar na Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), onde ficou marcada por retomar os leilões em áreas de exploração e produção de petróleo, bem como por aplicar grandes multas referentes à segurança operacional nas plataformas de produção de petróleo no país.

Consequências da Mudança

Com a notícia de mais uma troca de presidente na Petrobras e a possibilidade de a nova liderança estar mais alinhada com o governo do que com os investidores, tivemos uma queda de 11,85% no valor de mercado da empresa na semana do dia 13 de maio, na qual as ações preferenciais saíram de R$ 41,62 por ação para R$ 36,69 por ação. Além disso, um comunicado da Moody’s mencionou que podemos ter dois rebaixamentos de nota, o que pode gerar dificuldades na obtenção de novas dívidas para financiamento.

Com esta queda de 11,85%, anulamos 22 dias de negociações, voltando o preço aos patamares do dia 15/04/2024, transformando um alfa de 10,90% no dia 13/05/2024 em -2,14% no dia 17/05/2024, em relação ao início deste movimento.

Nova Rota

O que podemos esperar com esta troca de presidência são possivelmente decisões mais alinhadas ao governo. Sendo assim, a política de dividendos e de preços pode sofrer algumas mudanças. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já vem pedindo que seja acelerado o ritmo de investimento em refinarias e gás natural. Analisando alguns dos artigos postados por ela, é possível ver uma grande inclinação para investimentos nesses setores, principalmente na produção de diesel. Outro ponto que já vem sendo discutido é a exploração de petróleo na margem equatorial, localizada perto da foz do Rio Amazonas.

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