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Perspectivas Econômicas: Impacto do Corte de Juros nos Mercados Globais e Locais

Foto: Shutterstock/Jo Panuwat D

O mercado continua tendo o tema corte de juros e inflação como o ponto central. Isso vem trazendo a interpretação do mercado de que dados bons de inflação, desemprego ou produtividade irão atrasar mais ainda o corte de juros dos EUA. Consequentemente, isso pode dificultar a entrada de dinheiro nos mercados emergentes e nos ativos de maior risco. Na última semana, o principal drive para uma projeção de corte de juros foi o CPI dos EUA. Este acabou vindo mais forte que o desejado e, consequentemente, mostrou uma economia muito forte para já termos um corte de juros em junho ou julho. Além disso, há uma possibilidade de somente dois cortes de juros no ano de 2024, segundo os dados do CME.

Juros Americanos

Olhando primeiramente os juros dos EUA, tivemos dois indicadores que diminuíram a chance de termos um corte de juros em junho ou julho. O primeiro foi o CPI, que veio a 0,4%, onde a projeção era de 0,3%. O segundo foi o dado de pedidos iniciais por Seguro-Desemprego, que vieram a 211 mil, onde a projeção era 216 mil. Estes dois pontos mostram que a economia americana continua muito forte e que não estamos tendo a desaceleração que tanto estamos precisando para que ocorra o corte de juros.

Fontes: Trademap e CME

Olhando a curva de juros dos EUA, podemos ver que a chance de corte de juros para as próximas duas reuniões quase que zeraram. A ideia de três cortes de juros também diminuiu. Agora, falamos de um corte em setembro e dezembro, fechando o ano de 2024 com uma taxa de 4,75% – 5,00% ao ano.

 

Juros Brasileiro

Indo para o Brasil, esta semana os leilões dos títulos vieram com as maiores taxas e com volumes muito baixos comparados com a média. Isso mostra que os investidores estão pedindo muito prêmio para investir aqui no Brasil. E mesmo pedindo bastante prêmio, o apetite está baixo. Podemos estar entrando em níveis de juros que, medindo como risco que oferecemos, não está mais fazendo sentido para os gringos.

Fonte: Tesouro Nacional e Anbima

A curva de juros do Brasil, depois dos dados de inflação dos EUA, vem se demonstrando bem complexa. Ela está fechando o ano em 10% a.a., porém com somente dois cortes: um de 50bps em maio e um de 25bps em setembro.

Ações

Olhando a composição do Índice Ibovespa, podemos ver que as empresas que tiveram maior volume de negociação na semana do dia 08/05/2024 foram a PETR4 (2,20%) e VALE3 (+3,22%). A Petrobras teve seu resultado por conta da possibilidade de pagamento de 50% dos dividendos e um novo poço profundo encontrado no Rio Grande do Norte. Já a Vale teve uma subida por conta da valorização de +3,60% do minério de ferro, o que ajudou muito na alta da empresa.

Ainda falando de Petrobras, temos que começar a ter no radar o preço de paridade de importação (PPI). Com a subida do petróleo e do dólar, a cada momento aumentamos mais esta paridade e, consequentemente, o prejuízo nas contas da Petrobras. Atualmente, devíamos ter uma subida de R$0,66 para a gasolina e R$0,41 para o diesel.

Fonte: Trademap e Abicom

 

 

 

 

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