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Minério de ferro recua mais de 2% com novas restrições na China e estoques em alta

A tonelada da commodity negociada no porto de Dalian encerrou esta segunda-feira (27) com queda de 2,53%, negociada a US$ 127,17

Foto: Shutterstock/TTstudio

Em processo de desvalorização desde a semana passada, quando as autoridades chinesas colocaram em prática uma intervenção nos preços, o minério de ferro amplia a queda neste início de semana e fechou abaixo de US$ 130 por tonelada, em meio às restrições de processamento na China e a alta dos estoques.

Desde quarta-feira (22) até o início desta semana, a tonelada do minério de ferro acumula retração de 3,6%. Em Dalian, a tonelada da commodity encerrou esta segunda-feira (27) em queda de 2,53%, negociada a US$ 127,17.

A queda ocorre após o governo de Pequim suspender temporariamente a produção de aço em Tangshan, um dos principais polos industriais do país, para tentar frear os níveis de poluição na região. Segundo a Reuters, as restrições iniciaram neste sábado (25), sem previsão para serem revertidas.

Além disso, a alta de estoques de outros metais básicos no mercado chinês depois de um período de escassez também pressiona o minério de ferro.

Em relatório publicado mais cedo, a consultoria Mysteel ressaltou que o preço do cobre na província de Jiangxi, principal centro do mercado do metal no país, segue pressionado pela expectativa de retomada da economia chinesa, mas que o descompasso com a demanda fraca abre brecha para novas quedas.

Segundo Pedro Galdi, analista da Mirae Asset, o preço do minério passa por um momento pontual de estoques em alta, mas que em breve a reposição da indústria deve voltar a normalizar a situação.

É importante ressaltar que esse movimento de queda do minério de ferro é visto desde a semana, após a China anunciar a intervenção direta nos preços da commodity para conter o que autoridades chamaram de “especulação de preços”.

Essa iniciativa por parte do gigante asiático acontece após um rali visto no preço da commodity no fim de 2022 e começo deste ano, após superar o patamar de US$ 130 por tonelada, diante da expectativa de reabertura da economia chinesa e estímulos do governo, após quase três anos fechada devido à Covid-19.

Vale sofre

O contexto de baixa do minério de ferro prejudica o desempenho das mineradoras na Bolsa brasileira. Por volta das 13h05, os papéis da Vale (VALE3) – ação com maior peso no Ibovespa – recuavam 0,61%.

Na mesma linha, CSN Mineração (CMIN3) perdia 0,43%, enquanto Bradespar (BRAP4) caia 0,18%.

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