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Varejistas como Via (VIIA3) e Magalu (MGLU3) tombam após BC falar em “ajuste final” na Selic

Discurso mexe diretamente na curva de juros, já que o mercado tinha precificado que o BC tinha encerrado o ciclo atual

Foto: José Cruz/Agência Brasil

As ações das varejistas, que passaram as últimas liderando as altas da Bolsa, com o mercado acreditando que o ciclo de alta de juros já tinha chegado ao fim, tombam em bloco nesta terça-feira (6), após o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, sinalizar que a Selic pode subir mais um pouco.

Campos Neto, que participou ontem à noite da premiação Valor 1000, colocou água no chopp do mercado, ao afirmar que, diferentemente dos Estados Unidos e Europa, no Brasil “basicamente o trabalho está feito”, mas que a batalha contra a inflação não está ganha, embora o país caminhe para três meses seguidos de deflação.

“A gente entende que tem que passar mensagem dura. A mensagem de hoje é a mesma do último Copom. Aproveitamos eventos como esse para nos manifestar e a mensagem que continua valendo hoje é a do último Copom, que a gente disse que avaliaria um possível ajuste final”, disse.

A fala de Campos Neto mexeu diretamente na curva de juros, já que o mercado tinha precificado que o BC tinha encerrado o ciclo atual, iniciado em março de 2021, com a taxa a 2% ao ano, e que a Selic se manteria em 13,75% ao ano até o início de 2023.

Por volta de 11h16, o contrato de juro para 2023 subia 28 pontos-base, enquanto o contrato para 2025 subia 31 pontos-base e o contrato para 2028 operava em alta de 29 pontos-base.

No mesmo horário, a Via (VIIA3) liderava as baixas do principal índice da B3, caindo quase 9%, a R$ 2,85, enquanto o Magazine Luiza (MGLU3) recuava 8,57%, a R$ 3,95, e Americanas (AMER3) operava em baixa de 7,38%, a R$ 14,31.

A queda das varejistas nada mais é do que o medo na restrição do consumo, uma vez que os juros mais elevados encarecem o custo do crédito e tendem a reduzir a atividade econômica, prejudicando principalmente empresas ligadas ao setor.

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