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Uma por setor: confira as ações recomendadas pela Toro Investimentos para 2022

O ano de 2022 deverá ser volátil, mas há oportunidades interessantes de investimento na bolsa de valores brasileira, segundo artigo da Toro Investimentos elaborado pelo analista-chefe da casa, Rafael Panonko, e distribuído nesta quarta-feira (22).

O grande evento do ano, na visão da Toro, será a eleição presidencial, que “promete ser influenciada por forte polarização na disputa entre os candidatos e dar o tom sobre os movimentos do mercado”, diz o texto.

No âmbito econômico, a definição do orçamento e o teto de gastos públicos devem seguir em foco depois de terem gerado tensão nos mercados em 2021.

Em termos de indicadores, a inflação também deverá receber atenção dos mercados, com o IPCA sendo previsto acima de dois dígitos no fim de 2021. Além da inflação, renda, desemprego e custo de crédito também devem pautar a confiança do mercado.

Confira indicações da Toro para investir em diferentes segmentos em 2022.

Proteína animal: JBS (JBSS3)

No setor, a Toro indica a JBS, que deve ser impactada positivamente pelo aumento da demanda mundial. Outros pontos fortes da companhia, segundo a corretora, são a diversificação geográfica de receitas, a ampla gama de produtos, os fortes resultados recentes e os altos pagamentos de dividendos, além da possibilidade de listagem de seus papéis nos EUA, o que pode levar a uma reprecificação na bolsa de valores.

A Toro menciona ainda a grande geração de caixa, “que permite a continuidade de novas aquisições, a recompra de ações e a aquisição do selo ‘grau de investimento’ de agências classificadoras de risco”.

Varejo: Petz (PETZ3)

O cenário deve ser misto para o setor de varejo, de forma que algumas empresas podem ter dificuldade para crescer, enquanto outras devem se consolidar com a alta da demanda. Nesse setor, a preferida da Toro é a Petz, que se beneficia da posição do Brasil como um dos maiores mercados de produtos e serviços para animais de estimação no mundo.

Dentro da empresa, a corretora menciona como pontos positivos a integração entre os canais online e offline, que permite maior assertividade de estoque e baixos níveis de ruptura, o plano de expansão, que visa diversificação geográfica e estratégia omnicanal, e possíveis novas aquisições, que poderiam destravar mais valor.

Bancos: BTG Pactual (BPAC11)

Dentre os bancos, que já passaram por grandes crises com lucratividade, a Toro vê um bom cenário para o BTG, que tem reportado resultados consistentes nas suas principais linhas de negócio. “Com essas linhas de negócios e a entrada no segmento de varejo, o BTG consegue mostrar uma rentabilidade semelhante à dos grandes bancos, mas com o potencial de crescimento dos bancos digitais”, diz a corretora. O banco deve se beneficiar ainda da popularização de serviços financeiros mais sofisticados e da transformação digital.

Transmissão de energia: Isa CTEPP (TRPL4)

Dentro do setor elétrico, o segmento de transmissão se destaca por sofrer menos com os riscos hidrológicos e com variações de preço. A preferência da Toro no segmento é pela Isa Cteep, que se beneficia de sua atuação na região Sudeste, visto que os contratos de transmissão da região têm remunerações mais atrativas. Além disso, seu portfólio interessante, a expansão constante, os altos dividendos e a boa governança corporativa são pontos de força da companhia.

Siderurgia: Gerdau (GGBR4)

O setor de siderurgia deve se beneficiar dos estímulos econômicos ao redor do mundo, sobretudo das obras de infraestrutura. A preferência da Toro nesse setor é por Gerdau, que, por fornecer materiais para o setor de construção civil americano, deve tirar proveito do pacote de infraestrutura do governo do presidente Joe Biden. O aumento na demanda por aço deve aumentar a margem e a geração de caixa da companhia.

Mineração: Vale (VALE3)

A presença global da Vale é um de seus pontos fortes, segundo a Toro, pois permite a redução do risco geográfico, o que, aliado a diferenciais como a maior pureza do minério de ferro, o preço mais elevado no mercado internacional e a recente diminuição da dívida, fazem com que a empresa seja a escolha da Toro para o setor. A corretora destaca ainda a forte geração de caixa nos últimos trimestres, que abre espaço para o pagamento de altos dividendos em 2021.

Commodities: 3R Petroleum (RRRP3)

Pelo perfil das small caps, que já se mostraram capazes de obter lucro em momentos econômicos diferentes e apresentam boa capacidade de inovação, a Toro indica a 3R Petroleum entre as empresas de commodity. Sua operação na produção de petróleo e gás em campos maduros minimiza o risco exploratório, e seu histórico consolidado em fusões e aquisições pode contribuir para uma maior geração de valor aos acionistas. A corretora menciona ainda a experiência da equipe de gestão e os elevados níveis de governança corporativa como vantagens competitivas.

Varejo alimentar: Pão de Açúcar (PCAR3)

No segmento de varejo alimentar, o Pão de Açúcar é a escolha da Toro, por seu portfólio diversificado de marcas líderes, sua posição consolidada no e-commerce, suas iniciativas de integração dos canais de venda, e suas estratégias para aperfeiçoar a cadeia logística. A Toro menciona ainda o processo de consolidação do marketplace.

Shoppings centers: Iguatemi (IGTI11)

O setor de shoppings irá se beneficiar da retomada da economia e da circulação de pessoas, e o Iguatemi deve se destacar, na visão da Toro. A empresa é considerada uma das grandes empresas full-service para shopping centers do Brasil, e atua nas regiões de maior poder aquisitivo do país, além de ter forte relacionamento com marcas premium, “o que fera oportunidades na exploração do negócio de outlets e resiliência em momentos adversos do mercado devido ao foco no público-alvo de alta renda”, diz a corretora.

Finalmente, o processo de reorganização societária com a sua controladora, a Jereissati Participações, permitirá a obtenção de recursos para acelerar sua estratégia de crescimento.

Saúde e farmacêuticas: Blau Farmacêutica (BLAU3)

A Blau é a preferida da Toro no setor, com um portfólio de medicamentos complexos e foco em segmentos relevantes, o que cria uma importante barreira de entrada para novos players. Além disso, a capacidade produtiva em larga escala permite flexibilidade operacional, e a estratégia em pesquisa e desenvolvimento possibilita crescimento futuro.

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