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TradeMap Discovery: Saiba mais como e quanto investir em metaverso

George Wachsmann e Charles Wicz desmitificam a nova tecnologia e apontam caminhos para a entrada de investidores no mercado virtual

George Wachsmann e Charles Wicz no TradeMap Discovery. Foto: Camila Ávila

Imagine assistir à final da Copa do Mundo em um ponto no estádio lotado, mas sem precisar sair do conforto do seu sofá. Ou sentir o frio da barriga ao embarcar na Space Mountain, a famosa montanha-russa da Disney, diretamente da sua casa – e sem precisar encarar nenhuma fila.

São essas e muitas outras experiências que o metaverso deve trazer para o cotidiano na próxima década. E apesar de tudo parecer coisa de filme de ficção, tem muita empresa grande investindo pesado de olho nas possibilidades e nos lucros que a nova tecnologia deve gerar.

“O metaverso é um conjunto de mundos virtuais, onde vamos poder interagir com as outras pessoas”, definiu George Wachsmann (mais conhecido pelo apelido de Jojô), sócio fundador e Chief Investiment Officer (CIO) da Vitreo.

O executivo participou do painel “Metaverso: como impacta os seus investimentos?”, ao lado de Charles Wicz, responsável pelo canal “Economista Sincero”. O debate encerrou a programação do TradeMap Discovery, na noite desta quarta-feira (19). 

“O metaverso e o NFT são evoluções da tecnologia. E, geralmente, quem não acredita acaba cinco ou dez anos depois utilizando”, disse Wicz. 

Como investir no metaverso

Em novembro do ano passado, a Vitreo lançou um fundo de investimentos totalmente focado em empresas que apostam no potencial da nova tecnologia. O Vitreo Metaverso reúne companhias listadas nos mercados internacionais e na Bolsa brasileira (via BDRs), como Disney, Nike e Nintendo, além de ter uma pequena exposição em ações de empresas que desenvolvem plataformas para NFTs.

“Temos uma equipe que analisa quais empresas estão mais envolvidas, as mais baratas e as melhores oportunidades. Hoje esse é o jeito mais fácil de terceirizar a decisão de investimentos e estar exposto à tese do metaverso”, defendeu Wachsmann.

Os especialistas também apontaram as oportunidades de investir diretamente em empresas que estão na linha de frente do desenvolvimento de equipamentos e softwares, como a Nvidia (NVDC34), focada na produção de óculos de realidade virtual e processadores, e a Roblox (R2BL34), referência no mundo de games.

“Tem para todos os gostos e bolsos. O nível de possibilidades é enorme, depende do nível de risco que o investidor quer”, disse Wicz.

E o atual momento de forte desvalorização de ativos, em meio ao mau humor generalizado nos mercados pelo aumento dos juros americanos e a disparada dos níveis de incerteza, pode ser uma brecha de oportunidades para quem quer embarcar nesse novo segmento.

Para Wicz, em um cenário em que papéis de empresas consolidadas despencaram mais de 50%, esta pode ser a “melhor oportunidade da década”. “O difícil é aguentar o emocional e identificar as melhores oportunidades em empresas que não vão acabar”, afirmou. 

O aporte em metaverso, ressaltou Wachsmann, é para quem está com um planejamento no longo prazo. Em sua avaliação, as condições estão muito mais atrativas do que há seis meses. “Vai estar mais barato daqui a um mês? Talvez sim, mas já está muito melhor do que antes.”

Cautela é a melhor forma de proteção

Assim como todo mercado que está dando os primeiros passos, o metaverso é cercado de incertezas e riscos elevados. Para Wachsmann e Wicz, a melhor proteção para quem for apostar nos ativos é a mesma dada para as criptomoedas: começar com pouco e estudar muito.

“A pessoa vai investir em ações de tecnologia, em uma tese nova, em um momento de turbulência no mercado. A única proteção é a diversificação da carteira e investir muito pouco”, disse o CIO da Vitreo.

Para Wicz, os iniciantes não devem colocar mais do 5% do patrimônio no novo mercado. “A pessoa ter 5% de criptomoedas é interessante e, dentro disso, alocar um pedaço para o metaverso”, disse. “Uma queda de 90% [do mercado] é viável e pode acontecer.”

Desafio geracional

Assim como as criptomoedas enfrentaram – e ainda enfrentam – grande resistência do mercado, o metaverso tende a ser visto com desconfiança. Para os especialistas, um dos desafios para a nova tecnologia é justamente quebrar essa barreira geracional entre os investidores.

“Quem quer investir no longo prazo tem que parar de pensar que todo mundo pensa como ele. Eu não compraria um tênis para ficar dentro de um jogo, mas, para um adolescente que passa praticamente o dia todo com um avatar faz sentido”, exemplificou Wachsmann.

Wicz comparou a novidade do metaverso com outras barreiras que tecnologias que hoje fazem para do dia a dia de todos tiveram que superar, como a própria internet.

“A nova geração que está chegando já se comporta dessa forma. Eu não imagino que todas as reuniões do futuro serão no metaverso, mas também não vejo reuniões após 2025 sem que alguém não participe remotamente, até porque faz sentido em termos de custo”, afirmou.

O futuro é metaverso?

Para os especialistas, não é mais uma questão de “se” o metaverso vai se tornar realidade, mas de “como” e “quando”. Apesar das muitas questões que ainda rondam o novo negócio, eles enxergam como essencial para a sobrevivência das empresas buscar se inserir na nova tecnologia.

“Em algum momento, a gente só vai investir nas empresas com algum pé nesse mercado. É seletividade e perpetuidade”, afirmou Wicz. 

Apesar de parecer algo tão distante, o metaverso já faz parte da vida das pessoas, disse Wachsmann. Em um grau de menor sofisticação tecnológica, participar de reuniões virtuais ou ter uma conta em uma rede social já podem ser exemplos do conceito que o novo mercado apresenta.

“Talvez já estejamos vivendo uma primeira etapa do metaverso através do YouTube e das mídias sociais, que são formas de se estar em outro lugar”, afirmou.

Wachsmann testemunhou como essa ausência de percepção de futuro pode trazer arrependimentos. No início dos anos 2000, o executivo contou que estudava na Califórnia, nos Estados Unidos, quando deu de cara com jovens que estavam desenvolvendo algo até então impensável para a maioria das pessoas: o Google. 

“Da mesma forma que 20 anos atrás eu gostaria que alguém pegasse na minha mão e falasse: ‘vem aí um negócio chamado internet, confia’, eu quero pegar na mão de alguém e falar: ‘vem aí uma nova onda, confia'”, disse. 

Assista os dois painéis do terceiro dia do TradeMap Discovery clicando na imagem a seguir.

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