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TIM (TIMS3) é destaque do Ibovespa após dados do 4º trimestre melhores que o esperado

Por volta das 13h15, papéis da companhia subiam 3,33%

Foto: Shutterstock/rafapress

As ações da TIM (TIMS3) estão entre as maiores altas do Ibovespa nesta-sexta (10), refletindo desempenho melhor do que o esperado das operações no quarto trimestre de 2022, conforme balanço divulgado na véspera.

Por volta das 13h15, os papéis da empresa subiam 3,33%, negociados a R$ 11,16. Na mesma hora, o Ibovespa operava próximo da estabilidade, com queda de 0,12%, aos 107.912 pontos, segundo dados disponíveis na plataforma TradeMap.

A companhia telefônica reportou lucro líquido de R$ 590 milhões entre outubro e dezembro do ano passado, queda de 23,2% ante o mesmo período de 2021, mas ainda acima das expectativas dos analistas.

Já a receita líquida ficou em R$ 5,87 bilhões, aumento de 22,4% contra o último trimestre do ano anterior.

O desempenho fez com que o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) fechasse o último trimestre de 2022 com R$ 2,93 bilhões, alta de 19,6%, com margem de 49,9%, queda de 0,1 p.p (ponto percentual).

Surpresa positiva

Em relatório publicado nesta manhã, a XP destacou que esperava lucro de R$ 390 milhões, 52% abaixo do resultado oficial.

A corretora pontuou que a telefônica apresentou dados sólidos no trimestre, impulsionado principalmente pelas receitas da base móvel após a aquisição da Oi (OIBR4) e o desempenho dos segmentos pré e pós-pago, que cresceram  21% e 29%, respectivamente.

“Apesar dos impactos temporários provenientes da aquisição da Oi, vemos com bons olhos a capacidade da TIM de atingir seu guidance de distribuição de dividendos em 2022 de R$ 2 bilhões (7,6% dividend yield)”, informou a empresa.

Segundo a XP, o Ebitda da companhia foi afetado pelo aluguel da rede I-Systems. Descontando esse fato, o total seria de R$ 3 bilhões, alta de 23% na base com o trimestre do ano anterior, com margem de 51,2%.

A XP manteve a recomendação de compra das ações, com preço alvo de R$ 18 ao fim deste ano, valorização de 66,5% ante o fechamento desta quinta-feira (R$ 10,81).

Também em relatório, o BTG Pactual pontuou que o lucro líquido da TIM ficou acima do esperado e classificou o resultado como “surpreendente e positivo”.

O banco de investimentos também chamou a atenção para o aumento de 22,7% da receita de serviço móvel, impulsionado pela soma das operações da Oi.

“Além da consolidação dos clientes da Oi, reajustes de preços dos planos da TIM e ajuda do governo impulsionaram o sólido resultado”, escreveram os analistas.

O BTG Pactual também manteve recomendação de compra para TIM, com o preço alvo de R$ 18 até o fim do ano.

O banco ainda ressaltou que o desempeno em 2023 pode ser mais fraco devido ao processo de aquisição da concorrente, mas que no longo prazo a expectativa é de recuperação.

“Uma vez que os impactos do acordo sejam totalmente incorporados, esperamos que o lucro líquido retorne a níveis mais normalizados em 2024”, pontuou. O banco estima que a TIM é negociada a 3,5 vezes o múltiplo EV/Ebitda, que calcula quantas vezes o seu valor de mercado supera a geração de Ebitda esperada para o ano, um “desconto” em relação a pares globais, que têm uma média de 6,4 vezes.

Atenção com fluxo de caixa

Com tom mais cauteloso, a Genial Investimentos jogou luz sobre a queda do fluxo de caixa da companhia na margem anual. No quarto trimestre, o fluxo de caixa operacional livre somou R$ 1,9 bilhão, queda de 19,1% ante o quarto trimestre de 2021.

Conforme os analistas, o desempenho reflete a aquisição da Oi, além da participação da companhia nos projetos de 5G do governo federal.

“Dessa forma, acreditamos que, nesse momento, tanto a Oi Móvel quanto o 5G fazem a vez de presentes de grego para a TIM, fazendo a companhia gerar menos caixa e apresentando uma retração de margem anual”, afirmaram.

Mesmo com o olhar mais sóbrio, a Genial manteve a recomendação de compra das ações, prevendo preço de R$ 15,50, com potencial de valorização de 43,4%.

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