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Taxas de juros sobem após Copom indicar novas altas da Selic, veja o impacto para o Tesouro Direto

Taxas de juros sobem após BC reforçar tom duro de que vai continuar subindo a taxa Selic para ancorar expectativas de inflação

As taxas de juros com prazos mais curtos subiram nesta quinta-feira, 9 de dezembro, com o mercado se ajustando à sinalização do Comitê de Política Monetária (Copom) de que deve continuar elevando a Selic para trazer as expectativas de inflação de volta para a meta.

“Uma alta de 1,5 ponto percentual da Selic ontem já era esperada, o que mudou foi o tom mais duro do BC de que se a inflação continuar persistente e se as expectativas de inflação ficarem acima da meta o BC vai continuar subindo os juros. A incerteza é se ele vai subir a taxa acima do esperado pelo mercado no fim do ciclo”, diz Michael Viriato, estrategista da Casa do Investidor.

Antes da reunião do Copom, alguns investidores esperavam que a autoridade monetária pudesse sinalizar uma desaceleração da alta da taxa Selic dada a fraca atividade econômica.

Com o BC reforçando o tom duro e a preocupação com a inflação, os investidores passaram a apostar em uma Selic mais alta no fim do ciclo de aperto monetário no ano que vem.

No mercado de juros futuros, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2023 subia de 11,355%, no ajuste anterior, para 11,65% às 15h30. Já a taxa do DI para janeiro de 2027 recuava de 10,63% para 10,57%.

Impacto em investimentos no Tesouro Direto

As taxas dos títulos do Tesouro Direto com prazos mais curtos também subiam nesta quinta-feira.

A taxa do papel prefixado para 2024 subia, às 15h22, de 10,80% para 10,93% , enquanto a taxa do título para 2026 avançava de 10,67% para 10,72%.

Já as taxas dos títulos atrelados à inflação Tesouro IPCA+ com prazos mais curtos também operavam em alta. A taxa do papel com vencimento em 2026 subia de 4,88% para 4,99%, enquanto a taxa do título para 2030 avançava de 5,01% para 5,05%.

Quando as taxas sobem, os papéis emitidos com taxas de juros mais baixas se desvalorizam. Assim quem tem os papéis prefixados nas carteiras com prazos mais curtos teve perda hoje. Mas essa perda só será realizada se o investidor vender esse papel agora. Se ele carregar o título até o vencimento, não sofrerá este prejuízo.

Para quem vai investir agora no Tesouro Direto, Viriato afirma que é preciso analisar a expectativa de inflação. Se ela perder força e o BC elevar a taxa de juros para níveis menores do que o mercado prevê, o papel prefixado pode ser uma opção. Mas dada a incerteza no cenário, o título pós-fixado é uma opção mais interessante, diz.

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