A Taurus (TASA4), uma das maiores fabricantes de armas leves do mundo, viu os resultados do segundo trimestre do ano pressionados pela variação cambial e pelo aumento das despesas operacionais, o que levou a um impacto ngativo no lucro e na rentabilidade da companhia no período.
A empresa reportou lucro líquido de R$ 100,8 milhões no trimestre, uma queda de quase 50% na comparação anual. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), por sua vez, caiu 8,4% na mesma base de comparação, para R$ 205,6 milhões.
Com isso, a rentabilidade operacional, medida pela margem Ebtida, alcançou 32,9% no segundo trimestre, uma baixa de 1,6 ponto percentual ante igual intervalo de 2021.
Como consequência, a receita operacional da empresa caiu 4%, para R$ 625,6 milhões, como resultado do menor volume de vendas e da desvalorização cambial de 6,8% no trimestre, já que a maior parte das vendas foram no exterior.
Do total da receita, R$ 406,9 milhões partiram do mercado externo, uma baixa de 16,3% na base anual, enquanto internamente as vendas representaram R$ 218,8 milhões, valor 32,8% maior que um ano antes.
As despesas operacionais, que pressionaram os resultados da Taurus, aumentaram 25,1% no período ante igual intervalo do ano anterior, para R$ 99,8 milhões. Segundo a companhia, esse aumento se deve aos esforços da área comercial para reforçar a marca, especialmente no mercado americano.
Produção de armas
De março a junho, a produção de armas pela Taurus caiu 10,9%, para 524 mil unidades, em função da adequação da produção da unidade industrial nos Estados Unidos.
A fábrica localizada no Brasil, a maior unidade da companhia, produziu 344 mil armas no trimestre, uma retratação de 5,0% na mesma base de comparação.