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Suzano (SUZB3): repasse de preço impulsiona vendas e empresa vê salto de 36% no Ebitda

Tudo isso somado fez a empresa reverter o prejuízo de um ano antes, alcançando lucro líquido de R$ 5,448 bi no período

Foto: Shutterstock

Em linha com o movimento global do setor de papel e celulose, a Suzano (SUZB3) é mais uma a apresentar números robustos no terceiro trimestre do ano, após conseguir realizar um repasse de preço da commodity, suportada por uma demanda sólida e sem aumento da oferta no período.

Diante deste cenário, de uma combinação de preço da celulose em alta e uma evolução no volume de vendas, a empresa reportou um lucro operacional recorde no segmento, medido pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização).

No terceiro trimestre, o Ebtida ajustado consolidado subiu 36% na base anual, para R$ 8,596 bilhões, enquanto o lucro operacional do segmento da celulose teve alta de 34% na mesma base de comparação, para R$ 7,665 bilhões.

De acordo com relatório financeiro da Suzano, divulgado na noite nesta quinta-feira (27), o Ebitda da área de celulose é recorde para um trimestre. Como consequência, a geração de caixa operacional alcançou o maior patamar da história, de R$ 7,155 bilhões, valor 37% maior na comparação anual.

O resultado operacional consolidado da Suzano, de R$ 8,596 bilhões, ficou acima das projeções de bancos e corretoras consultadas pela Agência TradeMap. A maior estimativa para o número foi do Itaú BBA, que projetava R$ 8,350 bilhões, enquanto a menor projeção é da Genial Investimentos, que previa R$ 7,67 bilhões. O BTG Pactual, por sua vez, tinha projeção de R$ 7,99 bilhões, e a Santander Corretora, de R$ 8,18 bilhões.

Tabela de resultados

No período, a venda total foi de 3,128 milhões de toneladas, uma elevação de 4% na base anual, registrando o maior nível desde o primeiro trimestre de 2020, segundo a companhia. Do total, 2,797 milhões referem-se a venda de celulose, enquanto o segmento de papel vendeu apenas 331 mil toneladas, número 2% menor ante o mesmo intervalo de 2021.

Por outro lado, o custo caixa de produção de celulose apresentou variação marginal, ainda pressionado pelas elevações de preços de químicos e energéticos. No trimestre, o custo atingiu R$ 883 milhões por toneladas, valor 24% maior ante o mesmo trimestre do ano passado.

Essa alta, porém, não foi suficiente para derrubar as receitas da Suzano. No trimestre, a empresa teve receita líquida de R$ 14,199 bilhões, uma alta de 32% na base anual. O valor ficou acima da projeção de mercado, que esperava R$ 13,73 bilhões, no caso do Itaú BBA, enquanto o BTG estimativa R$ 13,45 bilhões, e a Genial, R$ 13,28 bilhões.

Tudo isso somado fez a Suzano reverter o prejuízo de um ano antes, alcançando um lucro líquido de R$ 5,448 bilhões no terceiro trimestre, ficando bem acima das projeções do mercado. O Itaú BBA esperava um lucro modesto, de R$ 1,83 bilhão, enquanto o BTG previa R$ 2,61 bilhões, a Genial estimava R$ 3,17 bilhões, e a Santander Corretora, previa R$ 1,97 bilhão.

Recompra de ações

Concomitantemente, o conselho de administração da Suzano aprovou um programa de recompra de até 20 milhões de ações, o que representa 2,9% das ações em circulação ao final do terceiro trimestre.

O programa tem prazo de 18 meses, devendo se encerrar em abril de 2027. No comunicado, a empresa explicou que o objetivo da iniciativa é maximizar a geração de valor para os acionistas.

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