Enquanto o Ibovespa opera em terreno positivo, as ações da SLC Agrícola (SLCE3) avançavam 2,96% por volta das 11h20 e figuravam entre as maiores altas do pregão desta sexta (24).
Na véspera, a empresa informou ao mercado que adquiriu 12,4 mil hectares de terras no município de São Desidério, na Bahia, por R$ 470 milhões. A SLC disse que as terras adquiridas eram até o momento arrendadas pela subsidiária da empresa, a Fazenda Paysandu.
Do valor total da transação, R$ 55,1 milhões são relativos a benfeitorias, enquanto o valor por hectare agricultável corresponde a R$ 33,2 milhões. “As principais benfeitorias adquiridas compreendem a algodoeira com capacidade de 750 fardos de pluma por dia e silos com 9 mil toneladas de capacidade armazenamento”, disse a companhia.
Em relatório enviado a clientes nesta manhã, o BTG Pactual pontuou que a SLC executou uma boa oportunidade comercial, mesmo considerando que o valor médio das terras agrícolas está caro no país por conta de um avanço no preço das commodities desde 2020.
“Não esperamos que o valor das terras agrícolas se valorize muito mais por enquanto. Portanto, a aquisição não parece prever fortes ganhos imobiliários de curto prazo. Estimamos que a SLC arrende a área por cerca de 15 sacas de soja por hectare, economizando cerca de R$ 30 milhões ao ano em custos de arrendamento”, comentaram os analistas Thiago Duarte, Henrique Brustolin e Pedro Soares, do BTG.
O BTG Pactual recomenda a compra do papel da SLC, com um preço-alvo de R$ 70 nos próximos 12 meses. Levando em consideração o preço de fechamento da véspera, a instituição acredita numa valorização de 39% para a ação.