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Sites da Americanas (AMER3) seguem fora do ar e ação cai 10% em dois dias

Vendas online representam 60% da receita da empresa, e sites fora do ar podem representar perda diária de R$ 100 milhões

Foto: Divulgação / Americanas

Os sites da Americanas (AMER3) continuam fora do ar nesta terça-feira (22), e fazem com que a ação da companhia fique mais um dia entre os papéis com as maiores perdas do Ibovespa.  Por volta das 12h45 (de Brasília), a ação caía 3,72%, para R$ 30,32.

“Ainda estamos avaliando o fator tempo para restauração do sistema e também o grau de proteção após o ocorrido. Neste aspecto o comportamento do investidor é de cautela e diminuição da posição. No longo prazo, acreditamos na recuperação das ações e readequação ao modelo atual de cibersegurança”, disse Régis Chinchila, analista da Terra Investimentos.

No sábado (19), os sites da Americanas e do Submarino ficaram fora do ar da madrugada até as 15h16, quando a empresa identificou “risco de acesso não autorizado”.

No domingo (20), a empresa voltou a suspender parte dos servidores do ambiente de e-commerce durante a madrugada. Até as 12h15 desta terça-feira (22), eles ainda não haviam voltado a funcionar. Os apps do e-commerce das companhias também estão fora do ar.

Nos últimos dois dias, a ação da Americanas acumula queda de 10%, refletindo a preocupação dos investidores com a possibilidade de o problema afetar os resultados da companhia, visto que 60% das receitas da empresa vêm das vendas no canal online, segundo a XP Investimentos.

Os dados mais recentes sobre os resultados da Americanas, referentes ao terceiro trimestre do ano passado, mostram que a receita bruta da companhia com as vendas no canal digital somou R$ 4,54 bilhões no período, ou uma média de R$ 49,4 milhões por dia. Considerando também as vendas de parceiros que usam os canais digitais da Americanas, este valor sobe a R$ 9,9 bilhões, ou R$ 107 milhões por dia, em média.

A Americanas disse que as medidas tomadas pela companhia são parte dos protocolos de segurança para mitigar riscos, que entraram em ação assim que foi identificado o acesso não autorizado.

A companhia também declarou que não há evidências de comprometimento das bases de dados dos usuários. As lojas físicas não tiveram suas atividades interrompidas e permaneceram operando normalmente. “A companhia atua com recursos técnicos e especialistas para avaliar a extensão do evento e normalizar com segurança o ambiente de e-commerce o mais rápido possível”, disse a Americanas, em nota publicada na segunda-feira (22).

Até agora, empresa não comunicou uma estimativa para os sites e aplicativos voltarem ao ar.

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