Serviços crescem mais que o previsto em setembro e atingem novo recorde

A receita do setor de serviços cresceu 0,9% em setembro na comparação com agosto e bateu o recorde da série histórica, iniciada em 2011, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgados nesta sexta-feira (11). O setor, o mais importante para o PIB (Produto Interno Bruto), registra cinco meses seguidos de avanço, com ganho acumulado de 4,9%.

Em relação a setembro de 2021, o volume de serviços avançou 9,7%. Já no acumulado do ano, o volume subiu 8,6% frente ao mesmo intervalo do ano passado. A soma nos últimos 12 meses foi de 8,9%.

Os dados vieram acima da expectativa do mercado. O Itaú BBA previa alta de 0,4% na receita do setor em relação a agosto, e avanço de 8,3% em relação a setembro do ano passado.  

A alta foi observada em três das cinco categorias pesquisadas pelo IBGE. Os destaques foram para informação e comunicação (2%), que registrou o terceiro resultado positivo seguido, com ganho acumulado de 4,1%. As demais altas vieram dos serviços prestados às famílias (1%) e dos profissionais, administrativos e complementares (0,2%).

Na outra ponta, transportes caíram 0,1%, enquanto outros serviços tiveram baixa de 0,3%. O primeiro segmento interrompeu uma sequência de quatro taxas positivas e o segundo devolveu uma pequena parte do avanço 7,7% verificado em agosto.

Os dados do IBGE também mostraram que o índice de atividades turísticas cresceu 0,4% frente a agosto, terceiro resultado positivo seguido, período em que acumulou um ganho de 3,2%. Com isso, o segmento encontra-se 0,7% acima do patamar pré-pandemia, em fevereiro de 2020, e 6,7% abaixo do ponto mais alto da série, alcançado em fevereiro de 2014.

O volume de transportes de passageiros também teve alta, de 1,6% na base mensal, após queda de 0,5% em agosto. Já o transporte de cargas teve variação negativa de 0,5%, após ganho de 22,5% entre setembro de 2021 e agosto de 2022.

Na base anual, todos os cinco segmentos tiveram expansão das atividades. A área de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (15,3%) exerceu a principal contribuição positiva sobre o volume total de serviços. Os demais avanços vieram dos serviços de informação e comunicação (6,%), dos profissionais, administrativos e complementares (6,9%), dos prestados às famílias (17,8%) e de outros serviços (2,6%).