O clima tenso causado pelas ameaças da Rússia invadir a Ucrânia, que ontem ajudou a derrubar o Ibovespa, deve continuar influenciando os negócios nesta sexta (18), mas os índices futuros americanos amanheceram de melhor humor após o secretário de Estado americano, Antony Blinken, marcar uma reunião para o final da semana que vem com seu homólogo russo, Sergei Lavrov.
O alívio vem da avaliação que, ao menos até a reunião, os russos evitarão qualquer ataque, e que uma solução diplomática ainda pode ser construída. Ontem, os mercados caíram com força com as declarações do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de que a ameaça de uma invasão é “muito alta”.
Por volta das 07h50 o índice Euro Stoxx 50, registrava alta de 0,21%. Já os contratos futuros americanos operavam no azul: o Dow Jones subia 0,39%, o S&P 500 avançava 0,53% e o Nasdaq tinha ganhos de 0,77%.
Na noite de ontem, o Departamento de Estado dos EUA criticou, por meio de nota, as declarações do presidente Jair Bolsonaro em visita à Rússia, em que manifestou “solidariedade” ao país.
“O momento em que o presidente do Brasil se solidarizou com a Rússia, quando as forças russas estão se preparando para potencialmente lançar ataques a cidades ucranianas, não poderia ter sido pior. Isso mina a diplomacia internacional destinada a evitar um desastre estratégico e humanitário, bem como os próprios apelos do Brasil por uma solução pacífica para a crise”, afirmou o departamento no texto.
Por que uma possível guerra mexe com o mercado? A possibilidade de conflito preocupa os investidores porque a Rússia é um dos maiores produtores de petróleo, gás e fertilizantes do mundo.
Um ataque na região poderia colocar ainda mais pressão nos preços de energia e de alimentos, impulsionando a inflação global.
Balanços
Após o fechamento do mercado, a Cosan (CSAN3) apresenta seu resultado do quarto trimestre de 2021.
Veja abaixo a agenda completa:
- Às 12h, os Estados Unidos informam as vendas de moradias usadas em janeiro.
- Às 12h, a Conference Board divulga os Indicadores Antecedentes de janeiro nos Estados Unidos.
- Às 12h, a Zona do Euro informa a Confiança do Consumidor em fevereiro.