RUMO (RAIL3): Santander considera ação “barata” e vê potencial para valorização de mais de 45%

Banco aumentou o preço-alvo de R$ 25 para R$ 30, mas manteve a recomendação outperform

Foto: Shutterstock

A Rumo (RAIL3), empresa de logística da Cosan (CSAN3), tem todos os atributos de uma empresa barata, principalmente por ser um ativo defensivo e conseguir trafegar sem custos e ainda entregar um rápido crescimento, mesmo em meio as dificuldades vistas na economia brasileira. A avaliação é do banco Santander.

Em relatório, os analistas Lucas Barbosa e Lucas Esteves revisaram as projeções da Rumo, aumentando o preço-alvo de R$ 25 para R$ 30, mantendo a recomendação outperform (equivalente à compra). Com a revisão, o banco passou a ver potencial de valorização d e48,7% em relação ao fechamento de sexta-feira (2), que foi de R$ 20,26. “Acreditamos que os preços atuais oferecem um ponto de entrada atraente”.

O Santander estima que a TIR (taxa interna de retorno) da Rumo em termos reais – ou seja, descontando a inflação – é de 12,2% ao ano. Desconsiderando a extensão da ferrovia Lucas do Rio Verde, a TIR seria de mais de 9%, mais de 6 pp (pontos percentuais) acima da taxa projetada pelos títulos de dívida do Brasil com vencimento em 10 anos.

Além disso, outro indicador sugere que os papéis operam com desconto, segundo o Santander.

Os dados mais recentes mostram que o EV (valor da firma, em inglês) da Rumo equivale a nove vezes o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização).

O EV representa a soma do valor de mercado e das dívidas, menos o caixa da empresa, e a relação dele com o Ebitda é usada para avaliar o preço justo das companhias e o tempo necessário para o retorno do investimento a partir do lucro operacional.

O Santander ressaltou que, em empresas americanas de ferrovias, o EV equivale a 11,4 vezes o Ebitda – ou seja, é preciso um tempo maior para recuperar o investimento.

Para o Santander, o Ebitda da Rumo deve crescer, em média, 18% ao ano até 2025, enquanto nos cinco anos seguintes a expectativa é de crescimento de 12% ao ano.

“O crescimento da demanda global por grãos tem sido desafiado pela capacidade limitada de expansão das lavouras, mas o Brasil possui um amplo espaço para expandir a produção de grãos com custos competitivos”, explicaram os analistas.

Por volta de 16h35, a ação ordinária da Rumo subia 1,97%, a R$ 20,66. Nos últimos 12 meses, a ação da empresa de logística sobe 9,2%.

Dentre 15 recomendações colhidas pela Refinitiv com instituições financeiras e disponíveis no TradeMap, 14 são para compra e uma para manter o papel. A mediana dos preços-alvo é de R$ 24, o que representa uma valorização de 18,46% em relação ao fechamento de sexta-feira.

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