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Rumo (RAIL3) ganha eficiência e receita deve ter forte crescimento em 2023, diz XP; ação salta 4%

Companhia também deve se beneficiar do projeto Lucas do Rio Verde, que deve ser dominante na região

Foto: Shutterstock/Evannovostro

Após visitar as instalações da Rumo (RAIL3) e o ambiente em que a empresa opera no estado do Mato Grosso, os analistas da XP Investimentos reiteraram sua visão positiva sobre a companhia, destacando os ganhos de eficiência recentes e a perspectiva de forte crescimento de receita em 2023.

“Saímos da visita com uma impressão positiva no ambiente de negócios do estado e reiteramos nossa visão positiva para a Rumo, bem como nossas expectativas otimistas para o projeto de extensão de Lucas do Rio Verde”, escreveram Pedro Bruno, Lucas Laghi e Matheus Sant’Anna, analistas da corretora, em relatório publicado no último domingo (27).

Em meio às perspectivas positivas, a ação da Rumo liderava as altas do Ibovespa no pregão desta segunda-feira, subindo 3,91% por volta das 12h30, a R$ 19,65.

Depois de passarem três dias no Mato Grosso, os analistas da XP confirmaram sua expectativa de forte crescimento de receita em 2023, amparado pela alta nos volumes e nas tarifas, e concluíram que os investimentos recentes da Rumo no Terminal Ferroviário de Rondonópolis (TRO) melhoraram suas operações e trouxeram ganhos de eficiência.

A partir das conversas com os mercados de produção de grãos, comercialização, pesquisa e infraestrutura e transporte, a XP notou que é consenso que a produção e exportação de grãos devem ser fortes para o final de 2022 e para o próximo ano, e que as tarifas ferroviárias devem subir.

As estimativas da Rumo para 2023, segundo a corretora, são de crescimento de cerca de 10% nos volumes de exportação e de aproximadamente 15% nos volumes de importação de fertilizantes em seu principal terminal de embarque de grãos. Para o longo prazo, apesar da incerteza política e dos preços altos dos insumos, a XP vê um forte potencial de crescimento, com ganhos de produtividade e grande espaço para expansão de área plantada.

As tarifas ferroviárias na malha norte da Rumo, por sua vez, podem crescer em 20% a 25% no primeiro semestre do ano que vem, diz a XP, tomando como base suas conversas com o mercado. “As interações das tradings confirmaram nossa expectativa de que a Rumo esteja altamente contratada para 2023 (mais do que a média para esta época do ano) com níveis tarifários atrativos”, dizem os analistas.

Outras conclusões dos analistas após a visita foram que nenhum impacto ferroviário é esperado dos protestos rodoviários pós-eleitorais no Mato Grosso; que o ambiente político e regulatório no estado está saudável; e que o fato de a rodovia BR-163 estar prestes a começar a cobrar pedágio deve trazer mais competitividade para a rota de exportação da Rumo.

Em relação ao projeto de Lucas do Rio Verde, que prevê expandir a malha norte de ferrovias da companhia até a cidade, a expectativa da corretora, após conversas com o governador do Mato Grosso, Mauro Mendes, é que o processo de licenciamento ambiental seja tranquilo e que o projeto se torne dominante na região em um futuro previsível.

Considerando que o processo de licenciamento é apontado como um risco pelos investidores, as sinalizações positivas são particularmente relevantes: “Vemos como importante (e positivo) que o governo espere que a Rumo receba uma licença adicional para implementar mais um trecho significativo até o início de 2023”, dizem os analistas.

Além disso, aponta a XP, o governo do estado afirmou que a autorização de novos projetos dependerá do interesse econômico de um eventual operador – de modo que, na expectativa da corretora, o trecho de Lucas do Rio Verde da Rumo deve ser o único projeto ferroviário privado a se concretizar na região em um futuro previsível.

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