Considerando as sinergias entre Rede D’Or (RDOR3) e SulAmérica, o Bank of America (BofA) projeta uma expansão da margem Ebtida (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) para o maior grupo de saúde vertical do Brasil em 2023.
Com isso, por volta de 16h35, o papel ordinário da companhia tinha a segunda maior alta do Ibovespa, subindo 6,58%, a R$ 29,63.
Os analistas Fred Mendes, Gustavo Tiseo e Mirela Oliveira, do BofA, reiteraram a recomendação de compra da Rede D’Or, mas reduziram o preço-alvo de R$ 40 para R$ 36, devido a um maior custo de capital após a fusão entre as empresas. O novo valor implica uma valorização potencial de 29,5% para os papéis.
Para este ano, o BofA prevê uma margem Ebtida de 25,5% para Rede D’Or. Além disso, as sinergias de despesas de vendas, gerais e administrativas podem adicionar um VPL (valor presente líquido) de R$ 2 bilhões para a SulAmérica.
“Embora estejamos adotando uma postura conservadora e não consideremos as sinergias do negócio da Sula em nosso modelo, reconhecemos seu potencial”, explicam os analistas.
Leia também:
Além da diminuição das despesas, o banco prevê uma redução do capital regulamentar (limite mínimo de patrimônio líquido ajustado que as operadoras de planos de saúde têm que respeitar, de acordo com a ANS, Agência Nacional de Saúde Suplementar), do ágio e do lançamento de produtos entre as empresas.
“Fizemos uma análise de sensibilidade, reduzindo as despesas de SG&A [vendas, gerais e administrativas] entre 5% e 30% para a SulAmérica, chegando a um VPL de R$ 2 bilhões, o que poderia levar a um acréscimo de R$ 1 na ação. As estimativas são conservadoras, pois não esperamos uma integração completa”, diz o banco.