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Rebalanceamento do Ibovespa: quem entra e quem sai? Veja opinião de analistas

Nova composição do índice valerá entre janeiro e abril de 2022

Foto: B3

Três vezes por ano a B3 faz algumas alterações no principal índice acionário da bolsa brasileira, o Ibovespa, com o intuito de verificar se as ações atendem aos critérios exigidos para fazer parte do “hall da fama” do mercado nacional.

O rebalanceamento ocorre a cada quatro meses (janeiro, maio e setembro) e, em cada uma destas etapas, conta com três prévias. A próxima carteira teórica valerá a partir do início do ano que vem, e a primeira prévia será divulgada no dia 1º de dezembro. A segunda prévia costuma sair na metade do mês, enquanto a terceira e última, no final.

Em setembro, a B3 adicionou sete novos papéis para o Ibovespa: Dexco (DXCO3, ex-Duratex), Petz (PETZ3), Rede D’or (RDOR3), Alpargatas (ALPA4), Banco Pan (BPAN4), Méliuz (CASH3) e Banco Inter (BIDI4). Não houve nenhuma exclusão na época.

A atual composição da carteira conta com 91 ativos de 87 companhias. Veja aqui a tabela referente a participação de cada empresa no índice.

Como isso afeta o preço das ações?

De acordo os estrategistas Jennie Li e Fernando Ferreira, e o analista Thales Carmo, da XP, os papéis incluídos no Ibovespa no passado valorizaram, em média, 10,4% cerca de 30 dias antes do rebalanceamento.

Um dos motivos para isso é o fato de as ações candidatas a integrar o Ibovespa passarem a ser alvo de compra por parte de fundos, em particular os que montam carteiras equivalentes à do índice, “o que aumenta as negociações das mesmas ao redor da data de anúncio e do rebalanceamento”.

Além disso, a inclusão no Ibovespa pode aumentar o interesse dos investidores em uma determinada ação e, consequentemente, elevar a liquidez dos papéis.

A XP aponta que logo após a inclusão no Ibovespa os papéis tendem a cair ou ficar perto da estabilidade, mas que nos seis primeiros meses como integrantes do índice tendem a subir – 6,7% nos primeiros seis meses e mais de 25% depois de um ano.

Quem entra e quem fica, afinal?

Para fazer parte do Ibovespa, um papel precisa ter alta liquidez, preço igual ou superior a R$ 1 e ser negociado com frequência pelos investidores, entre outros critérios. 

Segundo a XP e o Bank of America (BofA), dentro destes critérios, a ação da Positivo (POSI3) é a que tem mais chance de ingressar no índice, com peso projetado de 0,03% (XP) a 0,04% (Bank of America). A área de mineração da CSN (CMIN3) também aparece como potencial novo entrante, assim como Cesp (CESP6). 

Outros papéis, como Porto Seguro (PSSA3), também podem dar as caras no índice, mas as probabilidades são baixas, na avaliação da XP. Para o Bank of America, a lista de integrantes possíveis, mas menos prováveis, inclui a 3R Petroleum (RRRP3).

A XP Research acredita que nenhum papel deixará o Ibovespa na próxima carteira do índice, enquanto o Bank of America prevê a saída da Getnet (GETT11), que entrou automaticamente após a cisão com o Santander Brasil (SANB11) em outubro deste ano.

“Além da Getnet, JHSF (JHSF3) e Fleury (FLRU3) são os atuais membros com as menores classificações em termos de IN. Eles podem correr o risco de serem excluídos em uma revisão futura se a negociabilidade diminuir em relação ao resto do mercado”, diz o Bank of America.

A XP apontou também a possibilidade de mudanças de peso em alguns dos principais papéis do Ibovespa. As principais alterações projetadas ficaram para os ativos da Vale (VALE3), de 10,8% para 14,4%, Rede D’or (RDOR3), de 0,90% para 2,5%, e Petrobras (PETR4), de 5,90% para 5,40%.

 TICKER 

NOME 

PESO ATUAL 

PESO PROVÁVEL 

VALE5 

Vale 

10,80% 

14,40%

RDOR3 

Rede D’or

0,90%

2,50%  

PETR4

Petrobras

5,90%

5,40%

ITUB4

Itaú Unibanco

5,40%

5,00%

BBDC4

Bradesco

4,70%

4,30%

Fonte: XP Research

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