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Produção de veículos cresce 6,8% em maio e vendas retomam média diária de 2021

A recuperação no mês, no entanto, ainda é incapaz de reverter o resultado negativo da produção no acumulado do ano

Foto: Shutterstock

As montadoras instaladas no Brasil continuaram a se recuperar em maio, com crescimento na produção de veículos, a despeito das dificuldades em obter insumos, e com a média diária de vendas voltando ao ritmo observado em 2021, segundo dados divulgados nesta terça-feira (7) pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).

No mês passado, a produção total de veículos no Brasil somou 205.916 unidades, o que representa alta de 6,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Considerando apenas veículos leves, o volume produzido foi de 188.956 unidades, alta de 6,6% na mesma base de comparação.

A recuperação no mês, no entanto, ainda é incapaz de reverter o resultado negativo da produção no acumulado do ano. De janeiro a maio, a produção total de veículos ainda está 9,5% abaixo do observado no mesmo período de 2021, em 888.091 unidades.

Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea, disse que as montadoras ainda enfrentem dificuldades na obtenção de semicondutores e de outros insumos, como resinas, mas que “a situação tem se tornado menos crítica”. “Ainda é grande o desafio para as fábricas entregarem e manterem o mesmo nível de produção”, acrescentou.

O volume mais alto de produção, porém, acompanhou o aumento nas vendas de veículos em relação a abril, embora na comparação anual os níveis tenham se mantido praticamente estáveis.

O licenciamento total de veículos em maio somou 187.064 unidades – alta de 27,0% em relação a abril, mas queda de 0,9% ante maio de 2021. Considerando apenas os veículos leves, houve alta mensal de 28,1% e queda anual de 0,2%, para 175.214 unidades.

A recuperação, segundo Leite, foi muito vinculada à oferta mais ampla de veículos e ajudou o setor a retomar em maio uma média diária de vendas de 8,5 mil unidades, levemente maior que a observada em 2021, de 8,4 mil unidades, e com tendência de crescimento.

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“O mercado continua demandando mais do que a oferta e o setor depende substancialmente do crédito e do custo do crédito. O maior desafio após a redução do impacto na cadeia de abastecimento será isso”, disse o executivo, preocupado com o aumento dos juros no Brasil.

A questão logística foi crucial para esse resultado, que vinha sendo impactado pela guerra na Ucrânia e por medidas sanitárias restritivas na China. “A gente tem percebido uma leve melhora em termos logísticos, com menos restrições na China e em alguns países da Ásia, mas de alguma forma o setor tem conseguido manter uma produção com crescimento”, disse.

De janeiro a maio, a Anfavea estima que 150 mil veículos deixaram de ser produzidos por causa da crise de abastecimento de insumos e de problemas logísticos. Ao todo, foram 16 interrupções em produções nas fábricas, que somam 331 dias de inatividade, uma média de 20 dias por fábrica.

 

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