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O que esperar da possível cisão em metais básicos da Vale (VALE3)

O intuito da mineradora brasileira é levantar recursos enquanto a demanda por baterias segue aquecida

Foto: Shutterstock

A Vale (VALE3) está em negociações para vender uma fatia de US$ 2,5 bilhões (cerca de R$ 13 bilhões) de seus negócios de metais. A informação foi revelada pelo jornal inglês Financial Times na manhã desta quarta-feira (5).

O intuito da mineradora brasileira é levantar recursos enquanto a demanda por baterias segue aquecida em termos globais, ao passo que deseja aumentar sua produção de cobre e níquel. De acordo com o FT, montadoras e fundos soberanos do Oriente Médio estariam avaliando os ativos da Vale.

As montadoras de veículos, em especial, devem travar uma disputa ao longo dos próximos anos para ter acesso às matérias-primas que acelerem seus negócios de eletrificação — processo que pode intensificar a transição energética mundo afora. Neste ano, a Vale já fechou um acordo de venda de níquel, produzido no Canadá, para a Tesla (TSLA34). 

O Financial Times afirma que a mineradora contratou o Goldman Sachs para assessorar a transação. Em comunicado ao mercado divulgado logo após a matéria, a Vale admitiu que contratou assessores para “avaliar alternativas para destravar valor”, mas disse que nenhuma decisão foi tomada.

O que achamos

O negócio de níquel da Vale, sobretudo, está chamando atenção de agentes do mercado global. Ela é a maior produtora da matéria-prima fora da Ásia e sua vertical de metais é avaliada em cerca de US$ 25 bilhões (R$ 130,1 bilhões). Assim, a venda para participação minoritária seria de aproximadamente 10% do negócio. 

Caso as contas do Financial Times estejam corretas, a operação de metais básicos equivale a mais de 35% de todo o valor de mercado da Vale.

O negócio, que passou por entraves no passado recente com disputas trabalhistas no Canadá e incêndios no Brasil, deve reportar resultados consistentes neste ano. 

A notícia vem na esteira da reorganização anunciada pela mineradora na última quinta-feira (29), onde ocorreu a centralização de metais básicos no Brasil em duas sociedades, trazendo maior eficiência na gestão. 

Caso a cisão venha a ocorrer, a Vale poderia trazer luz ao valor de suas atividades com níquel e cobre, mesmo continuando à frente das operações. Além disso, com o caixa mais cheio, poderia retomar investimentos ou distribuir por meio de proventos. 

Como a ação da Vale deve reagir

A notícia é positiva à Vale, mas os papéis VALE3 devem acompanhar o movimento neutro no início da sessão nesta quinta. O Ibovespa futuro aponta para uma abertura próxima da estabilidade.

 

*O Pré-Trade é publicado diariamente pela Agência TradeMap, sempre antes da abertura da Bolsa, e se propõe a indicar como investidores podem reagir no pregão em reação a alguma notícia ou fato novo que tenha relação com uma ação específica em sua carteira. O conteúdo se destina a fins informativos e não deve ser interpretado como nenhum tipo de recomendação de investimentos.

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