A petrolífera Prio (PRIO3), ex-PetroRio, anunciou nesta quarta-feira (24) que captou R$ 2 bilhões em dívidas, por meio da primeira emissão de debêntures da companhia.
De acordo com Milton Rangel, CFO (Chief Financial Officer) da companhia, cerca de R$ 1,5 bilhão serão aplicados no plano de desenvolvimento do Campo de Frade, enquanto restante será destinado a outros investimentos corporativos.
Do total, foram emitidos R$ 1,5 bilhão em debêntures na primeira série, com vencimento em agosto de 2032 (e custo de crédito de IPCA + 7,41% ao ano), e R$ 500 milhões, com vencimento em agosto de 2027 (e remuneração de 100% do CDI + 2,05% ao ano).
Frade, no Rio de Jameiro, é o primeiro campo maduro em águas profundas da Prio. A empresa atua na área de revitalização desses ativos na busca por maior longevidade produtiva das áreas.
O que achamos?
A companhia já havia dobrado a expectativa quanto à produção de barris diários no campo de Frade e agora deve explorar ainda mais o potencial do ativo.
O aumento de investimento no campo pode trazer mais produtividade, elevando a eficiência operacional. Isso é sinônimo de receitas maiores, além de diluição dos custos fixos da empresa, o que levaria à ampliação da rentabilidade do ativo.
A captação de novos recursos para investimentos cria perspectivas otimistas para empresa que busca crescimento. E é importante ressaltar que a Prio apresenta um caixa robusto e um endividamento financeiro saudável.
Lembrando também que, nesta semana, houve a confirmação do interesse da Prio em adquirir a Dommo (DMMO3), empresa que passa por dificuldades operacionais e financeiras.
Como mercado deve reagir?
A expectativa é que os papéis reajam positivamente devido ao otimismo em relação ao ganho de eficiência operacional. É possível, portanto, que haja uma alta dos preços das ações no pregão desta quinta-feira (25).
No ano, os papéis da Prio acumulam alta de 28%.