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Positivo (POSI3) toma dívidas para se antecipar aos juros e mercado aprova; ação dispara

Mercado vê o movimento como uma forma de evitar a contratação de dívidas a juros mais altos no futuro

Foto: Divulgação

O anúncio de que a Positivo Tecnologia tomará R$ 350 milhões em novas dívidas, realizado na noite de terça-feira, dia 11, foi bem recebido pelo mercado nesta quarta-feira, dia 12. Os investidores interpretam o movimento da empresa como um esforço para se antecipar à alta dos juros que é esperada para ocorrer ao longo de 2022.

As novas dívidas da empresa foram tomadas por meio da emissão de debêntures, como são chamados os títulos de dívidas do setor privado.

As debêntures emitidas pela Positivo terão vencimento de quatro anos e foram aprovadas em um momento no qual a Selic está em 9,75%, com expectativa de chegar a 11,75% até o fim de 2022, segundo a mediana das projeções de mercado que são colhidas semanalmente pelo Banco Central (BC) e divulgadas às segundas-feiras no boletim Focus.

Juros mais altos costumam ser piores para empresas de tecnologia porque são companhias que usam o mercado de dívidas com frequência para fomentar seus negócios. No anúncio feito na segunda, a Positivo informou que os recursos servirão para reforçar o caixa da empresa.

“Uma alta de juros para esse tipo de empresa é ruim. Então, com essa emissão, a empresa acaba não precisando contrair dívidas [no futuro] a juros mais elevados”, afirma o gestor Fabrício Gonçalvez, CEO da Box Asset Management, que disse também que o mercado viu com bons olhos o pagamento de juros remuneratórios, em fevereiro e agosto de cada ano, relevantes em uma emissão de R$ 350 milhões.

Com a reação positiva dos investidores, a ação da Positivo tinha alta de 3,91% por volta das 13h30 desta quarta-feira, negociadas a R$ 8,50.

As debêntures serão simples, isto é, não poderão ser convertidas em ações, e terão prazo de vencimento de quatro anos. O público alvo são investidores profissionais.

A última emissão de debêntures da Positivo havia sido feita em fevereiro do ano passado, no valor de R$ 300 milhões. Na ocasião, a empresa disse que o dinheiro seria destinado a alongar o endividamento da companhia.

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