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Por que shoppings devem se sair melhor que varejo e serviços, na visão do Inter

Setor vem apresentando retomada depois de sofrer com restrições de combate à Covid-19

Foto: Divulgação

Depois de passar por um período difícil, devido principalmente às medidas de restrição à mobilidade adotadas pelos governos para combater a disseminação do coronavírus, o setor de shoppings tem se recuperado, e a projeção do Banco Inter é que a performance do segmento supere à dos setores de varejo e serviços.

Em relatório publicado nesta quinta-feira, dia 23,  o banco lembrou que, durante a pandemia, os shoppings sofreram com as medidas de restrição de mobilidade, que levaram a mudanças de hábitos de consumo, e com a popularização do e-commerce.

Ainda assim, diz a instituição, o setor de shoppings permaneceu atrativo ao consumidor e manteve sua capilaridade tanto no varejo quanto no segmento de serviços. Com a reabertura da economia, as empresas que controlam os shoppings têm registrado números operacionais próximos ou superiores aos de 2019, antes da pandemia.

Já o varejo em geral tem sofrido mais com a aceleração da inflação, que afeta o poder de compra do consumidor, e a consequente escalada da taxa Selic, que gera um freio no crédito e se torna um outro desestímulo ao consumo. O desemprego, que deve permanecer elevado em 2022, na visão do Inter, também apresenta um desafio para o varejo, assim como para o setor de serviços, que também apresenta desaceleração.

Os shoppings, é claro, também são prejudicados por esses fatores, mas se sobrassem por estarem localizados em grandes centros urbanos, onde o ritmo de recuperação da mobilidade das pessoas é mais consistente.

O fluxo de pessoas em shoppings vem se recuperando, e “esse movimento sustentou os bons resultados reportados pelas companhias de shopping no terceiro trimestre e, diante dos fundamentos do setor junto ao consumidor brasileiro, trazem boas expectativas de desempenho nos próximos exercícios”, segundo o relatório.

Entre as companhias do setor, o Inter destaca o comportamento do índice de vendas por metro quadrado da Multiplan (MULT3), ressaltando que a empresa foi a primeira a retomar os níveis pré-pandemia.

“Com o retorno integral do horário de funcionamento e maior fluxo de pessoas, a companhia convergiu mais rapidamente para seu desempenho histórico de vendas, o que corrobora a liderança da companhia em qualidade de portfólio e, consequentemente, justifica o metro quadrado mais caro cobrado pela empresa dentro do setor”, afirma o banco.

O Inter tem recomendação de compra para a ação da Multiplan, com preço-alvo de R$ 28. Por volta das 16h, o papel era negociado em alta de 0,11%, a R$ 18,91.

Outro destaque do banco, porém na ponta negativa, é o Iguatemi (IGTI11), que adotou uma política mais rígida em aluguéis. Ainda que a medida tenha permitido assegurar bons níveis de aluguéis por metro quadrado, houve um impacto negativo sobre a taxa de ocupação, “sugerindo que a política adotada gerou uma evasão maior de lojistas à média dos seus principais concorrentes”.

As ações do Iguatemi estão atualmente sob revisão do Inter e, portanto, não têm recomendação. O papel era cotado a R$ 180,94, em alta de 0,24%.

A brMalls (BRML3) também chama a atenção para um aspecto negativo: “com um histórico de maior fragilidade em relação aos pares, a companhia viu uma acentuada deterioração na capacidade de pagamento dos seus lojistas e, consequentemente, resultou em maior pressão nas margens.”

A recomendação do Inter para a ação de brMalls é neutra, e o preço-alvo é de R$ 10. O papel tinha recuo de 0,26%, a R$ 7,78.

Aliansce Sonae (ALSO3), que não é mencionada no relatório, também tem recomendação neutra, com preço-alvo de R$ 36. O ativo apresentava baixa de 1,06%, a R$ 20,57.

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