As ações da Gerdau (GGBR4) e a da Companhia Brasileira de Alumínio (CBAV3), ou CBA, são as preferidas de analistas do Bank of America para o setor de metais básicos em 2023. É o que mostra relatório feito pelo banco e distribuído a clientes nesta segunda-feira (21).
Na avaliação dos analistas Caio Ribeiro, Leonardo Neratika e Guilherme Rosito, que assinam o relatório, a Gerdau deve se beneficiar de uma demanda mais forte por aço na América do Norte e no Brasil, juntamente com uma perspectiva macroeconômica de juros menores e um preço para a commodity acima do esperado no mercado brasileiro.
Diante disso, a expectativa do BofA para as receitas da Gerdau subiu 8,4% em relação à projeção anterior, passando a ser de US$ 75,44 bilhões em 2023.
O BofA também reviu a previsão para o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) de R$ 12 bilhões em 2023, 13% acima da projeção anterior de R$ 10,6 bilhões. Os analistas afirmam que haviam subestimado a força do spread de metais na divisão dos EUA para o próximo ano.
O preço-alvo para as ações da Gerdau é de R$ 39 para o BofA, o que traria uma valorização de 30% em relação ao valor atual, de R$ 30.
Já no caso da CBA, os analistas do BofA projetam preços maiores no mercado de alumínio, de US$ 2,73 mil por tonelada em 2023. O número é 23,2% mais baixo que a projeção anterior do banco, mas 3,85% maior que o preço atual da commodity.
De acordo com o BofA, os preços do alumínio devem aumentar no mercado internacional devido a uma menor oferta global e a uma demanda maior na China.
Somado a isso, uma oferta limitada do produto deve continuar e uma potencial valorização de “alumínio verde” pode ajudar o futuro da empresa.
O preço-alvo do banco para os papéis é de R$ 17, o que traria um upside de 54,55% em comparação com o valor atual, de R$ 11.