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Por que as ações da MRV (MRVE3) estão entre as principais quedas do pregão?

Por volta de 11h, o papel ordinário da construtora operava em baixa de 4,86%, a R$ 8,22

Foto: Shutterstock/T. Schneider

Em dia de queda generalizada na Bolsa, após o governo eleito apresentar versão final da PEC (Proposta de Emenda à Constituição), as ações mais sensíveis aos juros são aquelas que mais caem neste início de pregão, reverberando a possibilidade de programas sociais fora do teto de gastos.

Isso porque o texto apresentado ontem prevê a abertura de gastos fora do teto estimados em até R$ 175 bilhões, montante que seria suficiente para manter o Bolsa Família em R$ 600 no próximo ano e o pagamento adicional de R$ 150 por criança de até seis anos para famílias que recebem o benefício.

O documento, porém, não estipula prazo de vigência, que deverá ser negociado com o Congresso nas próximas semanas.

Ação da MRV (MRVE3) está entre as maiores quedas do Ibovespa

Diante deste cenário, uma das ações que caem mais de 4% nesta quinta-feira (17) é a da MRV (MRVE3). Além de pesar a possibilidade de manutenção da taxa Selic em patamar elevado por mais tempo que o previsto, já que a abertura de gastos fora do teto pode virar um cheque em branco para o novo governo, aumentando a insegurança sobre o controle dos gastos públicos, uma iniciativa de um banco americano contribui para essa queda.

O J.P Morgan, um dos maiores bancos americanos, anunciou um investimento de US$ 1 bilhão numa joint venture com a Haven Realty para a construção de imóveis residenciais nos Estados Unidos, de acordo com a imprensa americana.

O negócio é similar ao da Resia, subsidiária da MRV nos EUA, que tem US$ 1,5 bilhão em imóveis sendo construídos. A empresa vinha, inclusive, segurando os resultados da construtora brasileira até o segundo trimestre deste ano.

Embora a iniciativa seja negativa para a MRV, uma vez que abre concorrência para a Resia, a Genial Investimentos afirma que o anúncio arrefece um pouco uma das preocupações do mercado, que é a capacidade de venda e atratividade dos imóveis em estágio de desenvolvimento da subsidiária da MRV.

Por volta de 11h, o papel ordinário da construtora operava em baixa de 4,86%, a R$ 8,22, enquanto o Ibovespa, principal índice da B3, caia 2,55%, aos 107.431 pontos.

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