Petróleo cai mais de 1% e puxa Petrobras (PETR4) e PetroRio (PRIO4) para baixo

Mercado incorpora chance cada vez menor de embargo imediato da União Europeia a petróleo russo

Foto: Shutterstock

A dificuldade dos países da União Europeia em chegar a um acordo para bloquear as importações de petróleo da Rússia pesa sobre os preços da commodity, que caem nesta sexta-feira (25) e arrastam para baixo as ações das companhias do setor no Brasil.

Por volta das 11h (de Brasília), o preço do petróleo tipo Brent – que serve de referência para o mercado mundial – caía 1,50%, para US$ 117,24 no mercado futuro da ICE. Enquanto isso, na B3, as ações da PetroRio (PRIO3) lideravam as perdas, com queda de 4,44%, enquanto Petrobras (PETR4) caía 0,59%.

O declínio nos preços do petróleo ocorre após os investidores receberem mais um sinal de que a União Europeia provavelmente continuará importando a commodity da Rússia em vez de aplicar um embargo ao país para puni-lo pela invasão da Ucrânia.

Hoje, o bloco europeu e os Estados Unidos divulgaram um comunicado afirmando que ambos estão “comprometidos em reduzir a dependência da Europa em relação à energia russa”, inclusive com o aumento do fornecimento de gás natural americano para os europeus.

Nenhum trecho do documento, porém, prevê o fim das importações de petróleo e gás da Rússia no Velho Continente.

No início da semana, havia expectativa entre os investidores de que a União Europeia chegaria a algum tipo de acordo para embargar o petróleo russo. No entanto, ao longo dos últimos dias, restou cada vez mais evidente que esta hipótese está distante.

No ano passado, a Rússia forneceu quase a metade de todo o gás natural importado pela União Europeia e 27% de todo o petróleo comprado pelos europeus no exterior.

A Alemanha, país mais dependente dos produtos russos e também a maior economia do bloco, é a mais resistente a uma interrupção das importações.

Na quarta-feira (23), o chanceler do país, Olaf Scholz, disse publicamente ser contrário a cortes imediatos nas importações, argumentando que isso provocaria uma forte recessão econômica.

Hoje, o ministro da Economia da Alemanha, Robert Habeck, disse que há planos para começar a reduzir as importações de petróleo da Rússia a partir de junho, mas que no caso do gás natural só será possível abdicar do produto russo em 2024.

Compartilhe:

Leia também:

Destaques econômicos – 19 de maio

Nesta segunda-feira (19) o calendário econômico traz atualizações relevantes que podem impactar os mercados. Veja os principais eventos do dia e suas possíveis consequências: Segunda-feira

Mais lidas da semana

Uma newsletter quinzenal e gratuita que te atualiza em 5 minutos sobre as principais notícias do mercado financeiro.