Os preços do petróleo voltaram a recuar nesta segunda-feira (15) após dados divulgados pela China reforçarem a percepção de que o país vai crescer menos em 2022 – o que deve resultar em uma demanda menor por barris em um dos maiores consumidores mundiais da commodity.
Perto do horário de fechamento do mercado, o preço do petróleo tipo Brent – usado como referência no mercado internacional – caía 3% no mercado futuro da ICE, para US$ 95,20 o barril.
Mais cedo, o petróleo chegou a recuar cerca de 5%, atingindo um dos menores preços desde março deste ano, quando o valor do barril começou a disparar por receios de que a guerra entre a Ucrânia e a Rússia resultaria em redução da oferta de petróleo.
Dados divulgados pela China mostraram desaceleração nas vendas do varejo e na produção industrial de julho, e o governo do país anunciou um corte nas taxas de juros para estimular a economia. Além disso, outros números publicados pelo governo chinês mostraram que o processamento de petróleo pelas refinarias chinesas recuou ao menor nível desde março de 2020.
De acordo com a TAC Energy, empresa que atua na venda de combustíveis no atacado nos EUA, os números chineses reacenderam as preocupações com a desaceleração na economia do país e estão “levando o crédito” pela queda nos preços do petróleo no início desta semana.
O banco ING, por exemplo, reduziu a previsão de crescimento da economia da China de 4,4% para 4,0% neste ano após os dados.
A TAC Energy, no entanto, ressalta que os preços do petróleo podem voltar a subir caso surjam furacões capazes de atrapalhar a produção no Golfo do México nas próximas semanas.
“Embora possa parecer que a temporada de furacões no Atlântico em 2022 está ‘dormente’, é importante lembrar que, em média, os maiores furacões geralmente ocorrem nos meses de setembro e outubro”.