O preço do barril de petróleo subiu e voltou para perto de US$ 120 o barril, em meio às discussões da União Europeia a respeito de um embargo ao petróleo vendido pela Rússia.
No início de maio, a União Europeia anunciou um plano para proibir a importação do petróleo e derivados vindos da Rússia.
O objetivo da medida era enfraquecer economicamente o governo russo e, desta forma, pressioná-lo a encerrar a invasão à Ucrânia, iniciada no final de fevereiro.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que o plano da União Europeia previa a “proibição completa de petróleo russo, vindo por via marítima ou por dutos, bruto ou refinado”.
O embargo seria adotado gradualmente. Os países europeus teriam seis meses para deixar de comprar o petróleo russo e até um ano para interromper as importações de derivados.
O bloqueio faseado tem motivo: o corte brusco no fornecimento prejudicaria também os países europeus, que são grandes compradores tanto do gás quanto do petróleo vendido pela Rússia.
Mas nem mesmo o gradualismo da medida conseguiu gerar consenso na União Europeia para a aprovação imediata do embargo. A Hungria, que é dependente dos produtos russos e possui uma relação mais próxima com a Rússia, assumiu uma postura contrária à medida.
Desde então, o governo húngaro e as autoridades da União Europeia estão negociando um acordo capaz de fazer o embargo avançar.
As notícias mais recentes na imprensa internacional apontam que, neste fim de semana, os negociadores europeus se mostraram abertos à possibilidade de proibir apenas o petróleo russo importado via navios-tanque.
Como a Hungria recebe o produto via dutos, ficaria livre para continuar importando o produto russo até encontrar fontes alternativas.
Este suposto avanço nas negociações é o motivo pelo qual os preços do petróleo operam em alta nesta manhã. Por volta das 9h25, o petróleo tipo Brent – que serve como referência internacional – era cotado a US$ 120,17 por barril no mercado futuro, alta de 0,6% em relação ao fechamento anterior.
As negociações sobre o embargo, porém, ainda estão em andamento. O governo húngaro também quer receber uma compensação financeira para apoiar a proposta – e este ponto ainda não foi vencido nas negociações.