Logo-Agência-TradeMap
Logo-Agência-TradeMap

Categorias:

Petrobras (PETR4) lucra 37,5% a mais no 4º tri e encerra 2022 com maior lucro da história

Ente outubro e dezembro, montante somou R$ 43,3 bilhões

Foto: Shutterstock/curraheeshutter

Mesmo com a queda do preço do Brent ao longo do quarto trimestre de 2022, quando comparado aos trimestres anteriores, o patamar ainda elevado, de US$ 88,55 no período, foi mais do que suficiente para turbinar os resultados da Petrobras (PETR4; PETR3) no período. O resultado permitiu a estatal anunciar a distribuição de um dividendo bilionário.

No trimestre, a companhia alcançou um lucro líquido atribuído aos acionistas de R$ 43,3 bilhões, uma alta de 37,6% na comparação com o mesmo período de 2021. O número veio em linha com algumas expectativas de bancos e corretoras consultados pela Agência TradeMap.

O Itaú BBA projetava R$ 40,1 bilhões, a Genial esperava R$ 41,8 bilhões, o BTG R$ 53,3 bilhões, o Santander R$ 38,3 bilhões e a XP vislumbrava US$ 8,7 bilhões, algo em torno de R$ 45 bilhões.

No ano completo, a Petrobras registrou um lucro líquido de R$ 188,3 bilhões, um número 76% maior que o visto em 2021. Além disso, o montante corresponde ao maior lucro anual já registrado por uma empresa de capital aberto aqui no Brasil.

Já na comparação com o intervalo imediatamente anterior, houve uma queda do lucro de cerca de 6%. No terceiro trimestre, com o Brent um pouco mais alto, a companhia havia lucrado R$ 46,1 bilhões.

“Esse resultado é explicado principalmente pela desvalorização do petróleo, menores margens de derivados, maiores despesas com impairment, parcialmente compensado pelos ganhos com acordos de coparticipação nos campos de Sépia, Atapu e Búzios e pela valorização do real frente ao dólar, gerando um resultado financeiro favorável para a empresa”, diz a Petrobras.

A receita líquida da Petrobras no quarto trimestre foi de R$ 158,5 bilhões, uma alta de 18,2% na comparação anual. De acordo com a estatal, o diesel e a gasolina continuaram sendo os principais produtos vendidos, respondendo juntos por 76% da receita de derivados no quarto trimestre.

Desse total, o mercado interno foi responsável por R$ 119,9 bilhões. “Com a continuidade da guerra na Ucrânia, mantivemos em 2022 a estratégia de diversificação de fluxos de petróleo e seguimos com o desenvolvimento de mercado de correntes de óleo do pré-sal, de forma a maximizar o valor das exportações da Petrobras”, afirmou a estatal.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado do quarto trimestre ficou em R$ 73,1 bilhões, o que representa um aumento de 16,1% frente a mesma etapa de 2021.

Na opinião da Ativa Investimentos, apesar da queda trimestral de 12% do Brent e dos menores preços internos de derivados, as receitas da Petrobras vieram ligeiramente melhores que as expectativas da corretora, bem como seus custos, que foram “impactados positivamente por menores participações governamentais”.

Somado a isso, a Ativa ressaltou que a companhia apurou novamente um forte lucro líquido, o que a permitiu anunciar uma boa distribuição de proventos. “Esperamos uma reação positiva ao resultado por parte do mercado”.

Remuneração aos acionistas

Juntamente com os resultados do quarto trimestre, a estatal anunciou a distribuição de R$ 35,8 bilhões em dividendos, o equivalente a R$ 2,9 por ação.

A empresa informou que em 2022 foram desembolsados R$ 194,6 bilhões em dividendos aos seus acionistas. No primeiro trimestre de 2022 a empresa desembolsou R$ 28.0 Milhões, no segundo trimestre R$ 62,9 Bilhões, terceiro trimestre R$ 111,0 bilhões e no quarto trimestre R$ 21,1 bilhões.

Atualmente, a política de remuneração da estatal prevê que, em caso de endividamento bruto inferior a US$ 65 bilhões, a empresa poderá distribuir aos acionistas 60% da diferença entre o fluxo de caixa operacional e os investimentos.

Compartilhe:

Mais sobre:

Leia também:

Mais lidas da semana

Uma newsletter quinzenal e gratuita que te atualiza em 5 minutos sobre as principais notícias do mercado financeiro.