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Petrobras (PETR4): governo encaminha pedido para análise de privatização

O ministério afirmou que o processo é importante para atrair investimentos e criar um mercado plural, dinâmico e competitivo no Brasil

Foto: Shutterstock

Depois da Eletrobras, chegou a vez da Petrobras (PETR4), a maior petrolífera brasileira, entrar no radar de privatizações do governo federal. Por meio de uma nota publicada na noite de segunda (30), o Ministério de Minas e Energia (MME) formalizou ao Ministério da Economia um pedido para incluir a estatal na carteira do programa de parcerias de investimentos (PPI).

De acordo com o MME, esse movimento tem como objetivo “dar início aos estudos para a proposição de ações necessárias à desestatização da empresa”, que serão feitos por um comitê formado entre os dois ministérios.

“A proposta é oportuna devido à conjuntura energética corrente, em face da situação geopolítica mundial, das discussões sobre o ritmo da transição energética e do realinhamento global dos investimentos”, declarou o MME.

O ministério ainda afirmou que o processo é importante para atrair investimentos e criar um mercado plural, dinâmico e competitivo.

Além disso, também na noite de segunda, o presidente Jair Bolsonaro voltou a declarar que é favorável à privatização da petrolífera, e criticou o “monopólio da estatal”.

“Eles decidem que vão aumentar hoje à noite o diesel, aumentam e não tão nem aí. A Petrobras não passa por mim, ela é praticamente autônoma”, afirmou durante entrevista a um programa da Rede TV.

Dias intensos para a petrolífera

A última semana foi de fortes emoções para quem acompanha de perto a Petrobras. Para começar, na segunda-feira passada (23) o governo federal demitiu o então presidente José Mauro Ferreira Coelho e nomeou Caio Paes de Andrade para o cargo.

O pedido para destituir Coelho, que ficou no comando da Petrobras por cerca de 40 dias, evidenciou o descontentamento do governo federal e do presidente Jair Bolsonaro com a política de preços de combustíveis adotada pela companhia.

Coelho havia sido indicado para o cargo para substituir o general Joaquim Silva e Luna, que por sua vez havia sido alçado ao posto em abril de 2021 no lugar de Roberto Castello Branco.

Em todas as substituições, Bolsonaro deixou claro que as trocas estavam vinculadas à insatisfação dele com a política de preços para os combustíveis usada pela Petrobras, que procura fazer com que os valores cobrados por estes produtos no mercado interno acompanhem os do mercado externo.

Posteriormente a isso, a empresa afirmou que, pelo fato de Coelho ter sido eleito presidente num sistema de voto múltiplo, todo o conselho também deveria ser alterado.

Na sexta-feira (27), para além das discussões acerca da troca no comando, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), declarou que o governo federal poderia, por meio de um projeto de lei enviado ao Congresso e em uma discussão rápida, vender as ações que têm da estatal e deixar de ser o sócio majoritário da companhia.

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