Na noite de quarta-feira (25), a Petrobras comunicou ao mercado que assinou com a Grepar um contrato para a venda da refinaria Lubnor (Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste), juntamente com seus ativos logísticos associados, localizados no estado do Ceará .
A negociação trará US$ 34 milhões aos cofres da estatal. Deste montante, US$ 3,4 milhões foram pagos na quarta-feira, US$ 9,6 milhões serão pagos no fechamento da transação e os US$ 21 milhões restante se darão em pagamentos diferidos.
A refinaria, localizada na capital cearense Fortaleza, possui capacidade para processar 10,4 mil barris de petróleo por dia. De acordo com a Petrobras, o ativo é um dos líderes nacionais em produção de asfalto, e a única unidade de refino no país a produzir lubrificantes naftênicos.
A aprovação da operação está sujeita ao cumprimento de condições precedentes e também terá de passar pelo aval do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
A venda da Lubnor marca a quarta operação do tipo dentro de um acordo assinado entre a Petrobras e o Cade em 2019 para abrir o mercado de refino no Brasil.
Em junho daquele ano, foi assinado um termo de compromisso pela estatal na qual ela se comprometeu a vender oito refinarias de petróleo, incluindo os ativos relacionados a transporte de combustível.
A medida, tomada em conjunto com o Cade, teve como objetivo estimular a concorrência no mercado nacional de refino, com a entrada de novos agentes que atrairiam investimentos para o setor.
Para além disso, a venda é estratégica para a estatal. No comunicado, a Petrobras afirma que a operação “está alinhada à estratégia de gestão de portfólio e à melhoria de alocação do capital da companhia, visando à maximização de valor e maior retorno à sociedade”, e acrescenta dizendo que segue concentrando seus recursos em ativos com diferenciais competitivos a longo-prazo.