A Petrobras (PETR4) anunciou nesta segunda-feira (9) um aumento de 8,8% no preço médio do diesel para suas distribuidoras, na qual o valor passará de R$ 4,51 para R$ 4,91 por litro. A mudança passa a valer a partir desta terça-feira (10).
Esse é o primeiro reajuste da estatal sob o comando de José Mauro Coelho, que assumiu à presidência em abril, prometendo ao mercado não segurar o preço dos combustíveis.
Quando levado em conta a obrigatoriedade da mistura vendida na bomba de 90% de diesel e 10% de biodiesel, o aumento no diesel comercializado nos postos e repassado ao consumidor deve ser de R$ 0,36 por litro, passando de R$ 4,06 para R$ 4,42 em média.
O último reajuste havia ocorrido em março, com base na elevação de preços no mercado. Agora, segundo a estatal, a decisão leva em conta o desalinhamento com o preço do mercado e a volatilidade do valor no mercado, causado entre outros fatores, pelo conflito entre Rússia e Ucrânia.
Em comunicado ao mercado, a petrolífera disse ainda que os estoques globais estão reduzidos no momento e encontram-se abaixo das mínimas sazonais dos últimos cinco anos, o impacta no balanço global entre oferta e demanda. Portanto, é esse desequilíbrio que eleva os preços, valorizando o petróleo.
A estatal explicou também que as refinarias brasileiras tem operado quase que em sua totalidade, com 93% de toda sua operação e mesmo assim não supre a necessidade do mercado doméstico, que acaba sendo abastecido por outros refinadores e importadores.
De acordo com a Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis), mesmo com o reajuste indicado, o preço anunciado segue abaixo do observado no exterior. O litro do diesel no mercado doméstico estava 17% menor do que o praticado no exterior. Quando a conta é aplicada sobre o reajuste desta segunda-feira, o preço se mostra 9,8% menor que o mercado global.