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Para UBS, Nubank (NUBR33) engaja clientes mais do que Inter (BIDI11), que lidera quedas na Bolsa

90% dos clientes adicionados pelo Nubank em 2021 se tornaram usuários ativos

Foto: Shutterstock

Na batalha entre os dois bancos digitais, o Nubank vai melhor que o Inter em termos de retenção de clientes, o que indica uma estratégia de engajamento mais eficaz. Na frente de crédito, porém, os dois bancos apresentam custos de riscos similares. Estas são as principais conclusões do UBS-BB, que comparou a evolução das bases de clientes e das dinâmicas de crédito dos dois bancos em relatório distribuído nesta terça-feira (31).

Por volta volta das 15h40, as units do Inter (BIDI11) lideravam as quedas entre as empresas do Ibovespa, com tombo de 4,34%. Já as BDRs do Nubank (NUBR33) recuavam 3,73%, para R$ 3,10.

Em termos de base de clientes, o principal objetivo da análise, segundo o UBS-BB, era entender se o crescimento acelerado das bases de usuários dos dois bancos estaria se traduzindo em um crescimento proporcional no número de clientes ativos.

O custo de aquisição de cada cliente, métrica conhecida como CAC, foi parecida para ambos os bancos em 2021, em US$ 5,4. No entanto, pelo mesmo custo, o Nubank captou quase o triplo de clientes do que o Inter (BIDI11). Considerando clientes ativos, a captação do Nubank foi quase quatro vezes maior. Esse é o primeiro ponto por trás da conclusão de que a estratégia do Nu vem sendo mais eficiente, segundo a análise.

Considerando uma base de dados de cinco anos, os cálculos do UBS-BB indicam que o roxinho foi 1,3 vez mais eficiente no engajamento de clientes do que o Inter.

Para a análise, os analistas do UBS-BB calcularam a “taxa de ativação” de cada um dos bancos, que corresponde ao número de novos clientes ativos sobre o total de clientes adicionados. Nesta métrica, a taxa de ativação do Nubank foi de cerca de 75% nos últimos cinco anos, enquanto a do Inter ficou em 50%.

Outro ponto observado foi a relação entre esta taxa de ativação e o custo de aquisição dos clientes, “o que pode traduzir parcialmente quão eficiente a companhia tem sido em engajar sua base de clientes sob um custo determinado de atração”, explicam os analistas.

Aqui, a conclusão foi que o Nubank registrou uma efetividade de mais de 90% em 2021. “Em outras palavras, quase todos os clientes que foram adicionados à base no ano passado realmente se tornaram usuários ativos da plataforma”, diz o relatório.

Mais especificamente, em termos de custo, a conclusão do UBS-BB é que, a cada US$ 1 gasto, o Nubank tornou ativos cerca de 20% do total de clientes adicionados, enquanto o Inter ficou em 10%, com o mesmo custo.

Já em termos de crédito, no primeiro trimestre, os analistas apontam que o custo de risco do Nubank foi muito superior ao do Inter, o que pode ser explicado por diferenças nas políticas de provisionamento e, principalmente, nos modelos de negócio dos bancos, com o Inter tendo um portfólio mais diversificado.

No entanto, ao analisar as cobranças de provisão sobre cada cliente ativo, as despesas de ambas as companhias são similares. Para o Nubank, as despesas médias de provisionamento por cliente ativo foram de US$ 15 entre 2019 e 2021, enquanto no Inter o número ficou em US$ 16.

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