Para BTG, Porto Seguro (PSSA3) deve ter lucro de R$ 452 milhões no 4º tri, acima das expectativas

O banco considerou os dados divulgados pela Susep que indicaram meses positivos em outubro e novembro para empresa

Foto: Shutterstock/Felipecbit

A Porto Seguro (PSSA3) deve apresentar um lucro líquido de R$ 452 milhões no quarto trimestre, segundo estimativa do BTG Pactual apresentada em relatório enviado a clientes nesta terça-feira (27). Essa projeção é 7% maior que a anterior feita pelo banco, e 18% acima do que o consenso do mercado espera para a companhia no período.

O banco fez uma nova conta para incluir os dados divulgados nesta semana pela Susep (Superintendência de Seguros Privados), órgão que regula o setor e publica mensalmente os resultados dessas empresas, que apontaram que a Porto teve um lucro líquido de R$ 87 milhões no mês de novembro.

Além disso, o BTG avalia que a companhia teve um mês de outubro também positivo, impulsionado por ganhos com juros.

Caso o número se confirme, seria uma baixa de 15,17% na comparação com o mesmo trimestre em 2021, mas um avanço de 65,75% frente ao terceiro trimestre de 2022.

No quarto trimestre do ano passado, a Porto teve um lucro líquido de R$ 532,8 milhões. Já no terceiro trimestre deste ano, anotou lucro de R$ 272,7 milhões.

De acordo com o BTG, essa projeção de lucro para os últimos meses deste ano é reflexo de uma “estabilidade em prêmios ganhos, despesas gerais mais altas e resultados financeiros ligeiramente mais fracos”.

Já o EBT (lucro sem considerar o pagamento de impostos) projetado pelo BTG para a Porto Seguro no quarto trimestre é de R$ 583 milhões, resultado 6% acima das projeções do restante do mercado.

Os analistas do BTG ressaltam que os prêmios em novembro aumentaram 10% na comparação com outubro, além de mostrarem um avanço de 22% na comparação com o mesmo mês em 2021. “O aumento foi ajudado pela reprecificação anual das apólices”, comentam Eduardo Rosman, Thiago Paura e Ricardo Buchpiguel, que assinam o relatório.

Somado a isso, o índice de sinistralidade ficou estável em 56% em novembro, com despesas com sinistros subindo 24% na comparação anual. Por fim, a linha de resultados financeiros caiu 8% de outubro para novembro, atingindo R$ 50 milhões.

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