Para BofA, Multiplan (MULT3), brMalls (BRML3) e Aliansce (ALSO3) terão alta na receita com aluguel

Em meio a repasses de inflação, receitas de aluguel devem seguir crescendo

Foto: Shutterstock

Em relatório distribuído a clientes, os analistas do Bank of America indicaram que terão um foco específico nas divulgações das empresas do segmento de shopping centers durante a temporada de balanços do segundo trimestre: procurar pistas sobre a tendência para o resto do ano.

De acordo com os analistas Carlos Peyrelongue e Aline Caldeira, um dos pontos de atenção é a desaceleração nas vendas que o varejo apresentou em junho. “Essa temporada de balanços pode definir o tom das expectativas para o segundo semestre”, escreveram.

De acordo com o ICVA (Índice Cielo de Varejo Ampliado), as vendas no varejo em junho subiram 17% em relação a 2019, contra os 19% registrados em abril e maio.

Apesar da perda de ritmo, o banco acredita que as operadoras de shoppings devem ter outro trimestre de recuperação nos aluguéis cobrados dos lojistas, caminhando em direção ao repasse total da inflação, agora com praticamente todos os descontos concedidos durante a pandemia de Covid-19 para trás.

A expectativa dos analistas é que o crescimento nos aluguéis da Multiplan (MULT3) seja o mais forte, de 45% contra o segundo trimestre de 2019. Na sequência, Iguatemi (IGTI11) deve registrar alta de 41% nos aluguéis e a Aliansce Sonae (ALSO3), de 26%.

A situação deve começar a piorar no segundo semestre, na perspectiva do BofA, com mais dificuldades em repassar preços em meio a uma desaceleração no consumo.

Entre as empresas do setor, os analistas afirmam preferir as voltadas ao público de alta renda, que tende a ser mais resiliente. Assim, a expectativa é que estas companhias sustentem a diferença nos números de vendas e aluguéis que vêm registrando nos últimos trimestres.

A preferida do banco é a Multiplan, devido a seus shoppings de alta qualidade, voltados ao público de alta renda, e sua distância de atividades de fusão e aquisição. O BofA recomenda a compra da ação, com preço-alvo de R$ 32, o que corresponde a alta de 34% em relação ao valor do papel no fechamento de segunda-feira (18), de R$ 23,93.

O banco também indica a compra de Iguatemi e Aliansce Sonae, com preços-alvo de R$ 30 e R$ 30, respectivamente (potencial de alta de 61% e 87%). Para a brMalls, a classificação é de underperfom (desempenho inferior à média do mercado), com preço-alvo de R$ 8, o equivalente a valorização de 6%.

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