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Pan (BPAN4) planeja consignado para Auxílio Brasil já em agosto e com juros de até 4,9% ao mês

O presidente Jair Bolsonaro sancionou uma nova lei que permite que beneficiários do Auxílio Brasil possam tomar empréstimos usando o benefício como garantia

Foto: Shutterstock

O Banco Pan (BPAN4), controlado pelo BTG Pactual (BPAC11), pretende começar a oferecer o crédito consignado para beneficiários do Auxílio Brasil ainda em agosto. Conforme apontam estudos preliminares da instituição, as taxas de juros podem ir de 3,5% a 4,9% ao mês.

A informação é do CEO do banco, Carlos Eduardo Guimarães, que participou na tarde desta segunda-feira (8) de uma coletiva de imprensa para comentar os resultados do Pan referente ao segundo trimestre.

O início da oferta do serviço depende de procedimentos por parte da Dataprev, empresa do governo que vai operacionalizar o produto.

Guimarães já havia dito, mais cedo, em teleconferência com analistas, que o Pan pretendia aderir ao consignado para o Auxílio Brasil, mas ainda não havia dado detalhes sobre início do produto ou taxas.

Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro sancionou uma nova lei que permite que beneficiários do Auxílio Brasil possam tomar empréstimos usando o valor recebido como garantia. Pelas regras, até 40% do beneficício pode ser comprometido para pagar as dívidas.

Segundo o CEO do Pan, o banco só vai trabalhar com o crédito consignado para o auxílio de R$ 400, sem considerar os R$ 200 adicionais que o governo aprovou de forma temporária até o fim do ano.

O executivo estima que há cerca de 1,5 milhão de clientes da base do Pan que podem solicitar o crédito consignado com o Auxílio Brasil. A instituição tem um total de 21 milhões de clientes.

Como os beneficiários do programa são brasileiros de baixa renda ou em situação de vulnerabilidade, as taxas de juros devem ser mais altas que as do mercado em geral, assim como as taxas de inadimplência.

O CEO do Pan disse que já espera que a inadimplência do consignado para o Auxílio Brasil seja maior do que a de aposentados e pensionistas, que também recorrem ao crédito consignado.

Na visão dele, o principal motivo para a inadimplência do consignado com o Auxílio será relativo ao cancelamento do benefício, como ocorre, afirmou, com os aposentados e pensionistas.

“Entre aqueles que usam o INSS, um dos motivos da inadimplência é quando a pessoa que tem a aposentadora acaba falacendo. No Auxílio Brasil, pode acontecer de a pessoa cancelar porque, por exemplo, arrumou um emprego e, aí, nós deixamos de ter o desconto no benefício”, disse.

Sobre os juros que serão praticados, Guimarães disse que as taxas de 3,5% a 4,9% são uma ideia inicial, mas que o banco planeja ser mais preciso à medida em que for conhecendo melhor o produto. “Nós não temos um histórico do funcionamento do produto. Com o passar do tempo, seremos mais assertivos”, disse.

Por volta das 15h, as ações do Pan (BPAN4) caíam 0,27%, a R$ 7,37.

 

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