O lucro da Pague Menos (PGMN3) somou R$ 46,5 milhões no quarto trimestre de 2022, resultado 78,9% maior em relação ao reportado no mesmo intervalo de 2021.
O número considera tanto as operações da Pague Menos quanto da Extrafarma – que passou a integrar as operações da Pague menos em agosto de 2022 -, e exclui alguns efeitos benéficos decorrentes da aquisição da Extrafarma. Incluindo estes efeitos, o lucro líquido da Pague Menos seria de R$ 101,9 milhões, um valor quase cinco vezes maior na comparação anual.
Durante o quarto trimestre de 2022, a Pague Menos registrou crescimento de 37% na receita, mas as despesas cresceram praticamente no mesmo ritmo.
A companhia conseguiu registrar aumento no Ebida (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), mas sofreu com a rápida expansão das despesas financeiras em relação ao quarto trimestre de 2021 – o aumento nesta linha do balanço foi de 134%, colocando em território negativo o resultado da empresa antes de impostos.
Quem salvou o lucro da Pague Menos no período foram os benefícios fiscais relacionados ao Imposto de Renda, que resultaram em créditos à companhia. Sem eles, a empresa teria registrado prejuízo líquido.
Em relatório, a XP destacou que a Pague Menos reportou resultados sólidos no quarto trimestre, com controle de despesas levando a um Ebitda acima do esperado. O indicador totalizou R$ 232,5 milhões no último trimestre do ano passado, uma alta de 46,2% em relação ao período equivalente em 2021.
Para os analistas da corretora, esse avanço do Ebitda ocorreu devido a “ganhos de eficiência advindos da melhor produtividade nas lojas e controle de despesas com vendas”. No período, as despesas com vendas avançaram 35,3%, e atingiram R$ 535 milhões.