O volume total de pagamentos processados (TPV) pela PagSeguro (PAGS34) cresceu 76% no quarto trimestre do ano passado em relação a igual período de 2020, para R$ 147 bilhões, e no acumulado de 2021 praticamente dobrou, atingindo um recorde de R$ 456 bilhões. Os resultados foram divulgados via comunicado nesta quarta-feira.
O TPV corresponde a todos os pagamentos que envolvem as maquininhas da empresa. Entram na conta as recargas de cartões pré-pagos, gastos com cartões, recargas de celular, transferências eletrônicas para diferentes pessoas, saques por boletos, pagamentos de contas, cobranças de impostos, transações com QR Code, empréstimos e vendas em e-commerce (GMV).
Pagamentos processados pela PagSeguro
Indicador | 4T21 | vs 4T20 | 2021 | vs 2020 |
TPV | R$ 147 bilhões | +76% | R$ 456 bilhões | +87% |
TPV excluindo PagBank | R$ 79 bilhões | +43% | R$ 252 bilhões | +56% |
Os resultados são positivos e superam a previsão da própria empresa – a PagSeguro estimava um aumento de 50% a 53% no TPV de 2021. Mesmo assim, ainda devem ser insuficientes para elevar a margem de lucro da companhia, segundo análise do UBS-BB.
A instituição estima que a PagSeguro apresentará aumento na receita e na carteira de crédito, mas que os custos e despesas financeiras também devem aumentar significativamente. “Como resultado, esperamos que o lucro líquido ajustado seja de R$ 453 milhões no quarto trimestre, com a margem líquida em 14%, ante 15% no terceiro trimestre e 21% no quarto trimestre de 2020”, afirmou.
O UBS atribui recomendação neutra para as ações da PagSeguro negociadas nos Estados Unidos, com preço-alvo de US$ 30 por papel. Por volta das 11h45 (de Brasília), as ações da PagSeguro caíam 5,10% no mercado americano, para US$ 21,69. Os recibos de ações da PagSeguro negociados no Brasil (PAGS34) recuavam 5,76%, a R$ 23,09.