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Oi (OIBR4): desconto em dívida com Anatel é bom, mas um fator incomodou, diz BTG Pactual

Tamanho original da dívida da Oi aumentou durante renegociação com Anatel, embora empresa tenha conseguido um grande desconto

Foto: Shutterstock

A renegociação da dívida da Oi (OIBR4) com a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) chamou a atenção do mercado pelo grande desconto obtido pela companhia, mas também trouxe um elemento negativo que azedou o humor dos investidores, segundo o BTG Pactual.

A agência reguladora aplicou um desconto de 55% à dívida de R$ 20,2 bilhões da Oi, reduzindo o valor total para R$ 9,1 bilhões. Desse montante, serão abatidos cerca de R$ 1,8 bilhão que a companhia mantém em depósitos judiciais, o que gera uma pendência de R$ 7,3 bilhões, a ser paga até abril de 2033.

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Em relatório, o BTG Pactual reconheceu a importância do descontão recebido pela Oi após as negociações, mas ressaltou que, mesmo assim, o acordo foi pior do que se previa.

“O que realmente nos surpreendeu negativamente foi o tamanho da dívida. Durante as negociações iniciais, em 2020, a dívida total da Oi com a Anatel era de R$ 14,3 bilhões. No entanto, o novo acordo inclui um passivo adicional de R$ 6 bilhões que estava sendo discutido na esfera administrativa naquele momento, que a maioria acreditava que nunca seria incluído na dívida total”, afirmou o banco.

Ainda assim, para o BTG Pactual, os termos acertados entre a Oi e a Anatel fazem sentido para a companhia porque melhoram o perfil de pagamento da dívida, visto que a maioria da dívida com a agência reguladora será paga mais para frente, melhorando a liquidez no curto prazo.

Para o acionista, no entanto, a renegociação é má notícia, porque aumenta o valor presente da dívida da Oi – o que explica por que as ações da companhia estão operando em queda.

Nas contas do BTG Pactual, a dívida da Oi trazida a valor presente aumentou de R$ 2,5 bilhões para R$ 5,2 bilhões.

Por volta das 15h45, a ação ordinária da Oi (OIBR3) caía 9,59%, para R$ 0,66, enquanto a ação preferencial (OIBR4) recuava 3,82%, para R$ 1,26.

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