O cancelamento do registro da Oi (OIBR3) junto à SEC, equivalente à Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos, passou a valer a partir desta segunda-feira (14).
A mudança era esperada desde o final do ano passado, quando a Oi divulgou que removeria os recibos de suas ações negociados nos Estados Unidos (ADRs) da Bolsa de Valores de Nova York (NYSE).
Na época, a Oi destacou que o motivo para ter ativos na bolsa americana diminuiu nos últimos anos por conta, principalmente, do aumento significativo no volume negociado de ações brasileiras por investidores estrangeiros diretamente no Brasil.
“Adicionalmente, o processo de deslistagem das ADRs ordinárias na NYSE está em linha com o plano de transformação da companhia, que tem como um dos principais pilares a simplificação de sua estrutura operacional e readequação da sua base de custos”, ressaltou a Oi na época.
No momento os ADRs da Oi estão sendo negociados no mercado de balcão.
No Brasil, ações podem passar por grupamento
A Oi ainda está analisando se fará um grupamento de ações para evitar que o preço de seus papéis fique abaixo de R$ 1. O grupamento foi demandado pela B3, depois de as ações da Oi passarem mais de dois meses sendo negociadas na casa dos centavos.
As ações da Oi fecharam abaixo de R$ 1 de 11 de novembro do ano passado até 26 de janeiro. e a bolsa pediu que a companhia tomasse providências até 19 de julho para sanar a situação. A solução mais simples seria um grupamento, que transforma duas ou mais ações em um único papel. A Oi, no entanto, resiste em seguir este caminho.
No comunicado em que fala do cancelamento do registro na SEC, a Oi diz que a mudança nos EUA não impacta a listagem das ações da companhia na B3 e que continua sujeita às obrigações aplicáveis no Brasil.
Recuperação judicial
A Oi está em recuperação judicial desde 2016 e desde lá tenta se reerguer financeiramente. Uma das condições mais importantes para isso era a venda dos ativos da companhia. No final de janeiro, após um debate que se arrastava há mais de um ano, a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) aprovou a anuência prévia da venda dos ativos móveis da tele. Na semana passada, o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) também deu sinal verde para a operação.