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O novo ciclo de crescimento da Cosan (CSAN3) está quase completo? Veja o que diz o BTG

Na visão do banco, a discussão agora é sobre a capacidade da empresa de equilibrar crescimento, diversificação e bons projetos

Foto: Shutterstock/T. Schneider

Após uma série de aquisições e investimentos feitos pela Cosan (CSAN3) nas subsidiárias, analistas do BTG Pactual acreditam que o novo ciclo de crescimento da holding pode estar quase completo e a alavancagem no pico, o que marca o início de uma nova fase de maturação dos projetos nos próximos anos.

Diante desse cenário favorável, o banco mantém a recomendação de compra para o papel, mas cortou o preço-alvo de R$ 39 para R$ 30, uma vez que a alavancagem em trajetória de queda sinaliza um ponto de entrada para os investidores.

No terceiro trimestre deste ano, a alavancagem da Cosan era de 3,1 vezes a dívida líquida sobre o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), sendo que no mesmo período do ano anterior estava em 1 vez, o que atesta a rápida aceleração dos investimentos pela companhia.

Recentemente, a maioria das subsidiárias acelerou os investimentos em projetos orgânicos e extensão ferroviária, bem como as aquisições da Gaspetro, da Sulgas, da Biosev, juntamente com o anúncio da compra de 6,5% da Vale.

Com isso, os analistas Thiago Duarte, Pedro Soares e Henrique Brustolin afirmam que, embora haja carência de uma visão clara de curto prazo para a companhia, o novo ciclo de crescimento pode estar quase completo.

“Os ciclos de alocação de capital da Cosan seguiram um padrão consistente ao longo dos anos, com um intenso processo de crescimento e diversificação que culminou na criação da Raízen, a aquisição da Comgás, da Rumo e a criação do Radar, entre outros. Com o amadurecimento dos novos negócios, a empresa entrou em uma fase de desalavancagem e retorno do investimento, ao mesmo tempo que simplificou a estrutura”, explicam os analistas.

Na visão do banco, a discussão agora é sobre a capacidade da Cosan de equilibrar crescimento, diversificação e identificação de bons projetos, enquanto a manutenção da solidez do balanço será posta à prova. “Em momentos de ascensão do custo de capital, acreditamos que os investidores podem exigir um maior desconto (prêmio) nas ações da holding”.

Segundo os analistas, desde o IPO da Raízen, em agosto de 2021, o desconto da holding tem oscilado entre 10% e 20%, um dos menores entre os conglomerados latino-americanos. “Agora, com o investimento na Vale, e enquanto os eventos de desbloqueio de novos valores ainda estiverem pendentes, acreditamos que o desconto pode ser mais alto, de 16%”, disseram.

Por volta de 15h13, a ação ordinária do conglomerado subia 1,37%, negociada a R$ 17,71.

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