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O caminho que a Positivo (POSI3) tem percorrido para faturar até 50% a mais em 2022

A empresa já conta com R$ 3 bilhões em receitas previstas para 2022, por vendas e contratos feitos com instituições públicas

Foto: Divulgação

A Positivo — uma das maiores empresas de tecnologia da Bolsa, especializada em produção de notebooks e celulares — divulgou os resultados do primeiro trimestre na noite desta quarta-feira (11) e projetou uma receita bruta entre R$ 5 bilhões e R$ 6 bilhões para 2022, valor que pode ser de 25% a 50% maior em comparação a 2021.

Em teleconferência com analistas nesta quinta-feira (12), o CEO da empresa, Hélio Rotenberg, disse que está confiante em atingir a estimativa porque já conta com R$ 3 bilhões em receitas previstas para este ano, por vendas e contratos feitos com instituições públicas.

Parte desta receita confirmada — cerca de R$ 900 milhões — vem da contratação de 225 mil urnas eletrônicas para as eleições de 2022 e R$ 2 bilhões referem-se a receitas de licitações já contratadas e a contratar — como, por exemplo, a entrega de 457 tablets para a Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo (Prodesp).

Os primeiros meses de 2022 indicam que a companhia começou bem o ano. A empresa reportou, nos resultados apresentados do primeiro trimestre, uma receita bruta de R$ 1,19 bilhão, 47,7% superior em comparação com o primeiro trimestre de 2021.

Parte deste avanço ocorreu por causa do aumento na demanda por tablets e notebooks por parte das instituições públicas no setor educacional. Com isso, a receita bruta proveniente do segmento de instituições públicas avançou 278%, para R$ 712 milhões, em comparação com o mesmo período de 2021.

Como consequência, este segmento, que no primeiro trimestre de 2021 representava 23,2% da receita bruta total, passou a representar 59,6% neste primeiro trimestre de 2022, mais que o dobro da fatia anterior.

Outro fator que tem impulsionado as receitas brutas da companhia é o aumento na demanda do setor corporativo, movimentado principalmente por pequenas empresas. O corporativo gerou R$ 311 milhões em faturamento neste primeiro trimestre de 2022, resultado 141% superior ao primeiro trimestre de 2021.

A empresa também tem apostado na prestação de serviços para empresas, como aluguel de notebooks. O serviço de hardware as a service (HaaS),  por exemplo, teve expansão de 276% no primeiro trimestre ante igual período do ano anterior, e deve continuar crescendo no restante do ano, segundo a companhia.

O CEO citou ainda outros pontos que irão contribuir para que a empresa atinja este objetivo, como a entrega de um grande servidor para Petrobras e a expansão das soluções de pagamento (maquininhas e serviços).

A partir do crescimento destes segmentos, foi possível que a empresa chegasse a um Ebitda ajustado (que exclui receitas e despesas não recorrentes) de R$ 126 milhões, avanço de 150,4% em comparação com primeiro trimestre de 2021. A margem Ebitda ajustada foi de 12,2%, avanço de 3,1 pontos percentuais em comparação com o mesmo período de 2021.

Embora tenha apresentado queda de 1,2 p.p. na margem líquida, a empresa reportou um lucro líquido ajustado no primeiro trimestre de R$ 28,4 milhões, 6,9% maior que o do primeiro trimestre de 2021.

Porém, a empresa deve enfrentar algumas dificuldades no ano, principalmente no varejo (venda de notebooks e outros equipamentos eletrônicos para o consumidor pessoa física ou para revendedores do varejo), que reportou um faturamento de R$ 152 milhões, queda de 69% em comparação com o primeiro trimestre de 2021.

O acúmulo de estoques, devido à baixa nas vendas, combinado com a alta inflação, que em 12 meses atinge 12,13%, e o baixo poder de compra dos consumidores, pode resultar na queda das margens dos resultados durante o ano.

Além disso, ronda uma incerteza sobre o varejo por causa dos novos lockdowns na China, que podem afetar as importações dos insumos utilizados na produção.

Para o ano de 2023, a empresa já conta com 147 mil urnas eletrônicas contratadas em licitações, que representam um montante de R$ 881 milhões em receita para o próximo ano.

Visão do mercado

De acordo com os analistas que acompanham a Positivo, este é um bom momento para investir na empresa. Por meio de dados compilados pela Refinitiv e disponíveis na plataforma do TradeMap, há uma unanimidade entre os três analistas consultados, que recomendam a compra do papel.

Hoje, por volta das 16h25 o papel estava em alta de 3,50%, cotado em R$ 7,40. A visão mediana dos analistas para o preço-alvo da ação é de R$ 16,00, com valorização potencial de 117,4%.

 

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