O novo acordo assinado entre a CCR (CCRO3) e o governo do estado de São Paulo, anunciado na noite de quinta-feira (31), foi bem recebido por analistas de mercado que acompanham a empresa, que gostaram principalmente da renovação por mais um ano do contrato da AutoBan, uma das concessionárias do grupo que administrativa algumas das rodovias do estado, como a Bandeirantes e a Anhanguera.
O acordo anterior previa que o contrato ia até janeiro de 2037. Agora, vai até dezembro do mesmo ano. A AutoBan representou 25% do Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) da CCR em 2021.
Na avaliação da XP, a extensão do contrato com AutoBan deve gerar uma adição de R$ 598 milhões ao valor presente líquido (VPL) da companhia.
Já na visão do Goldman Sachs, com o contrato de extensão o preço-alvo da ação deve subir em 4%, cerca de R$ 0,50. O banco estima preço-alvo de R$ 14 e tem uma recomendação neutra em relação à empresa.
Para o BTG, a extensão do contrato para 2037 também é vista com bons olhos. Nos cálculos do banco, a ampliação deve resultar em uma adição de R$ 895 milhões ao VPL da CCR.
Além da renovação do contrato da AutoBan, o novo acordo também prevê um investimento de R$ 650 milhões na ViaOeste. Também foram sanadas as pendências jurídicas relativas às isenções providas pelo governo do estado após a greve dos caminhoneiros em 2018.
A XP vê o acordo de forma positiva uma vez que encerra todas as questões regulatórias e fiscais pendentes, além de reforçar a capacidade da empresa de assinar termos aditivos aos contratos de concessões atuais. O BTG acredita que as mudanças envolvendo a ViaOeste não devem ser relevantes.
Por volta das 13h40 (de Brasília) as ações da CCR eram negociadas a R$ 14,03, em alta de 2,63%. A maior parte dos analistas consultados pela Refinitiv recomendava a compra das ações.
