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Ibovespa cai 2,22% na 2ª feira; saiba quais indicadores acompanhar hoje

Foto: Unsplash

O Ibovespa fechou em forte queda de 2,22% nesta segunda-feira, 04, aos 110.393,09 pontos, em um dia de aumento da aversão ao risco global, com especial preocupação em relação à inflação (no Brasil e no exterior) e com perspectivas piores para o crescimento econômico.  

No mercado externo, as ações do Facebook e de outras empresas de tecnologia tiveram forte queda na bolsa americana por conta dos problemas enfrentados por uma grande pane nas redes sociais.  

Os índices do mercado acionário fecharam em baixa. O Dow Jones caiu 0,94% a 34.002,92 pontos; o S&P 500 recuou 1,30%, a 4.300,46 pontos; e o Nasdaq despencou 2,14%, a 14.255,48 pontos. 

Declarações do presidente Joe Biden também preocuparam investidores por mostrar certa preocupação com o teto da dívida, com uma indicação de que não poderá garantir que não haverá calote na dívida. 

No cenário interno, entre os destaques do dia, o Boletim Focus, do Banco Central, mostrou que o mercado aumentou novamente a projeção para a inflação em 2021, medida pelo IPCA, que deverá ficar acima da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).  

A previsão foi elevada pela 26ª semana consecutiva, desta vez de 8,45% para 8,51%. 

Essa expectativa dá munição para o Banco Central seguir com a política de elevação da taxa básica de juros, a Selic, por um maior período de tempo. 

Em um dia de poucas altas do Ibovespa, as ações do setor financeiro apresentaram forte queda, principalmente dos bancos digitais. Os papéis do Banco Inter (BIDI11) recuaram 12,78%, enquanto os do Banco Pan (BPAN4) caíram 9,59%.  

O Inter antecipou a divulgação de sua prévia operacional do terceiro trimestre de 2021. A empresa somou 14 milhões de clientes entre julho e setembro deste ano, crescimento de 16% frente ao trimestre anterior e de 94% na base anual. 

A companhia também mostrou que manteve sua provisão para perdas com inadimplência em 2,5% da carteira de crédito ampliada. 

Já o Banco Pan anunciou a compra da Mosaico, dona das marcas Zoom, Buscapé e Bondfaro. Os papéis da Mosaico (MOSI3) dispararam quase 7%. 

As ações de varejo também caíram em bloco, com o risco de maior inflação e elevação dos juros. As ações da Americanas (AMER3) tiveram queda de 8,43%, seguidas pelos papéis da Lojas Americanas (LAME4), que desvalorizaram 7,91%.  

Saldo positivo 

Entre as poucas altas do dia, destaque positivo para os frigoríficos, que passaram a subir após notícias de que a exportação de carne bovina tem aumentado. As ações da JBS (JBSS3) subiram 0,58%, acompanhadas pelas da Minerva (BEEF3), com avanço de 0,09%. 

No grupo das “blue chips”, as ações da Petrobras (PETR4) se descolaram da Bolsa e avançaram 2,75%, após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+) decidir manter o acordo já existente para o retorno gradual da oferta, com o nível de produção de petróleo para novembro em 400 mil barris por dia (bpd).  

A cotação do petróleo no mercado internacional voltou a subir e aumentou as preocupações dos investidores, já que o alto preço da matéria-prima contribui para uma inflação global mais elevada, o que é tido como um empecilho para a retomada econômica pós-pandemia. 

Os contratos futuros do petróleo tipo Brent para dezembro encerraram em leve baixa de 0,02%, vendidos a US$ 81,28 o barril, enquanto os do WTI para novembro avançaram 2,28%, cotados a US$ 77,61 o barril. 

Agenda Econômica 

Para esta terça-feira, 05, investidores permanecerão atentos a novos dados econômicos, com a divulgação de indicadores de atividade (PMIs) na zona do euro, na Alemanha, nos Estados Unidos e no Brasil.   

Nos EUA, ainda será divulgada a balança comercial de agosto. 

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