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Com novo descolamento de Wall Street, Ibovespa tem apoio do setor financeiro e avança 0,42%, aos 105.967 pontos

IPCA impacta varejistas, mas setor financeiro sustenta a sessão

Foto: Pixabay

Com as tensões políticas afrouxadas pela aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios na Câmara dos Deputados, o Ibovespa descolou novamente de Wall Street e avançou 0,41% nesta quarta-feira, aos 105.967 pontos. No auge do dia, o índice chegou à casa dos 107 mil pontos. Na semana, o Ibovespa acumula alta de 1,09%, enquanto, no ano, ainda cai 10,96%.

Em Wall Street, o mau humor de terça se manteve, com o índice Dow Jones em queda de 0,66%, aos 36.079 pontos, o S&P 500 com recuo de 0,82%, aos 4.646 pontos, e o Nasdaq registrando a desvalorização mais expressiva, de 1,66%, aos 15.622 pontos. O dólar Ptax caiu 0,72%, a R$ 5,45.

IPCA e PEC dos precatórios

Apesar do avanço de 1,25% do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em outubro (leia mais aqui), acima do consenso e com alta acumulada de 10,67% em 12 meses, a sessão da Bolsa brasileira terminou no azul, embalada positivamente pela aprovação da PEC dos Precatórios.

Considerada menos prejudicial para as contas públicas em comparação com planos alternativos especulados anteriormente, a aprovação da PEC adicionou bom humor à sessão.

A proposta abre um espaço de R$ 15 bilhões no orçamento deste ano de R$ 90 bilhões no de 2022, visando custear as despesas do governo federal em função do programa Auxílio Brasil, proposto com o intuito de substituir o Bolsa Família. O texto ainda deverá passar pela aprovação do Senado.

Setor financeiro

A inflação acima do previsto elevou as taxas de juros futuros, contribuindo para o desempenho dos ativos do setor financeiro nesta sessão. Os destaques partiram das ações do Bradesco (BBDC3, BBDC4), com avanços de 5,65%, a R$ 20,39, e 4,72%, a R$ 17,53, respectivamente, de Banco do Brasil (BBAS3), que valorizou 4,59%, a R$ 30,79, e de Santander (SANB11), que subiu 3,97%, a R$ 35,09.

Petz

Os papéis da Petz (PETZ3) tiveram destaque no pregão, com a segunda maior alta. A companhia, que reportou lucro líquido de R$ 26,6 milhões, avanço de 56,1% na comparação anual, valorizou 5,09%, com as ações cotadas a R$ 21,89.

A performance de PETZ3 também foi impulsionada pelo anúncio de follow on com a distribuição de 41 milhões de novas ações ordinárias, com esforços restritos de distribuição. Saiba mais sobre o resultado trimestral da companhia nesta análise.

Maiores quedas

A Braskem (BRKM5) registrou a maior queda da sessão, com recuo de 11,88%, a R$ 49,61. A desvalorização ocorre após a divulgação do balanço mais fraco em comparação com o trimestre imediatamente anterior, ainda que a empresa tenha revertido o prejuízo líquido de R$ 1,41 bilhão registrado há um ano, com lucro líquido de R$ 3,54 bilhões no terceiro trimestre de 2021.

As companhias de varejo ainda foram pressionadas pela inflação de outubro acima do previsto, e também estiveram entre os destaques negativos da sessão. Via (VIIA3), que divulga seus balanços trimestrais ainda hoje, recuou 6,50%, a R$ 7,05, enquanto Carrefour (CRFB3) teve queda de 3,71%, a R$ 16,88.

Agenda de quinta-feira, 11

Esta quinta-feira será marcada pela divulgação das vendas no varejo apuradas pela Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) pelo IBGE, às 9h. Analistas esperam uma queda de menor intensidade que a de 3,1% registrada no mês de agosto.

Na cena corporativa, vale ficar de olho na divulgação dos resultados trimestrais da Azul (AZUL4), antes da abertura do mercado, e de Magalu (MGLU3), IRB (IRBR3), Qualicorp (QUAL3), Sabesp (SBSP3), Americanas (AMER3), Bradespar (BRAP4), CCR (CCRO3), Eztec (EZTC3), Natura&Co (NTCO3), Rumo (RAIL3), Grupo Soma (SOMA3), Tecnisa (TCSA3), Lojas Americanas (LAME4), CPFL Energia (CPFE3), Cyrela (CYRE3), B3 ((B3SA3), Hapvida (HAPV3) e Light (LIGT3), após o fechamento da sessão.

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