Nesta quarta-feira, 29, os mercados globais seguem atentos aos problemas vindo da China, com a dívida da Evergrande, e à crise de energia, elevando as preocupações com a desaceleração econômica e temores de inflação pairando sobre os mercados emergentes.
As bolsas asiáticas fecharam de forma mista, enquanto as bolsas europeias e os futuros americanos apontam para uma recuperação após as quedas de ontem. Entretanto, os investidores ainda mantêm no radar as preocupações com o impasse do teto da dívida americana.
Vale lembrar que, no Senado dos Estados Unidos, o partido republicano bloqueou uma ação dos democratas para aumentar o limite da dívida. A secretária do Tesouro, Janet Yellen, comentou que não tem recursos, podendo se agravar a partir de 18 de outubro.
A grande preocupação do mercado é com o aumento dos custos de energia, afetando fortemente a inflação. Além disso, os bancos centrais vêm estabelecendo projeções para a retirada de parte do estímulo monetário. Hoje tem a fala dos presidentes dos BCs no fórum do banco central europeu, podendo dar dicas das próximas manobras para a política monetária.
Quanto às commodities, o preço do petróleo tem leve baixa, refletindo uma eventual desaceleração da economia chinesa, enquanto o minério de ferro segue pressionado com a China tentando segurar o preço.
No Brasil, as atenções continuam com o desenrolar da Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que muda a regra de pagamento dos precatórios, com foco para o teto dos gastos, além da reforma do Imposto de Renda.
Para esta quarta, os investidores deverão repercutir a divulgação do IGP-M, que ficou em 0,64%, levemente abaixo da última leitura. Com este resultado, o índice acumula alta de 16% no ano e de 24,86% em 12 meses.
Em setembro de 2020, o índice havia subido 4,34% e acumulava alta de 17,94% em 12 meses.
Ainda hoje, deverá ser divulgado o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que foi adiado na véspera.
Nos EUA, a agenda reserva a divulgação das vendas pendentes de moradias, às 11h, e dos estoques de petróleo, que sairá por volta das 11h30.