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Movida (MOVI3) e Ecorodovias (ECOR3) podem ter sentido pressão de juros no 4º trimestre, afirma BofA

No caso da Movida, banco vê cenário de rentabilidade difícil nos próximos trimestres após uma "correção de estoque recente".

Foto: Shutterstock/rafastockbr

Na visão do BofA (Bank of America), as empresas mais impactadas pelo aumento do custo da dívida dentro do setor de transporte e de bens de capital referente ao quarto trimestre do ano passado serão a Movida (MOVI3) e a Ecorodovias (ECOR3).

Em relatório, o banco avaliou que a alta da taxa básica de juros, a Selic, nos últimos três meses de 2022 em relação ao mesmo período de 2021, de seis pontos percentuais, pode ter pressionado os resultados dessas companhias.

No caso da Movida, o BofA vê a empresa enfrentando um cenário de rentabilidade difícil nos próximos trimestres após uma “correção de estoque recente”.

“Esperamos que os resultados continuem pressionados nos próximos trimestres até que a Movida renove sua frota em melhores condições e com um mix melhor. Isso também aumenta as preocupações de alavancagem, que está em cerca de quatro vezes o Ebitda da companhia”, comentam os analistas Rogério Araújo e Gabriel Frazão, que assinam o relatório.

A alavancagem é um indicador que mede o quanto as dívidas de uma empresa superam a geração de caixa.

Por sua vez, a Ecorodovias deve reportar resultados pressionados pelo vencimento de algumas concessões e uma alta alavancagem, na visão do BofA.

Os analistas citam que até 2029 a situação financeira da companhia deve estar mais complicada, e acreditam que parte dos investiores estão preocupados com a companhia aderir a mais leilões no futuro, o que pode fazer a alavancagem aumentar.

Em relatório, o banco afirmou que ainda leva em conta a manutenção dos altos patamares de juros. Na semana passada, a equipe econômica do BofA revisou a projeção para a Selic. A estimativa foi a 11,75% ao ano no fim de 2023 e a 9,50% ao ano, no fim de 2024, devido a uma “deterioração recente no cenário fiscal”.

Antes, as projeções eram de 10,5% e 8%, respectivamente. Atualmente, a Selic está em 13,75% ao ano.

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