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Mesmo com variante Ômicron no radar, mercado global opera em alta à espera de indicadores

No Brasil, investidores aguardam por votação da PEC no plenário do Senado

Foto: Unsplash

O primeiro dia de dezembro começa com as bolsas globais apontando para o campo positivo após as quedas na véspera, refletindo os potenciais riscos da variante Ômicron sobre as economias e o início das reduções monetárias em meio à inflação elevada.

Ontem, o mercado ficou bastante volátil por conta da fala do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, que afirmou que na próxima reunião da autarquia, marcada para os dias 14 e 15 de dezembro, deverá ser discutida a possibilidade de encerrar as compras de títulos de forma antecipada. Além disso, ele retirou a palavra “transitória” para descrever a alta da inflação – aumentando as apostas de antecipação na elevação das taxas de juros.

Nesta quarta-feira, as bolsas asiáticas fecharam em alta, mesmo com a divulgação do indicador de atividade vindo menor que o esperado e apontando para uma contração. O índice do gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial, divulgado pelo Caixin/Markit, caiu de 50,6 pontos em outubro para 49,9 pontos em novembro. Vale lembrar que a leitura abaixo da marca de 50 sugere que o setor manufatureiro chinês voltou a se contrair, ainda que levemente.

No mesmo caminho, as bolsas europeias e os futuros americanos operam em alta. Os investidores avaliam os recentes dados econômicos, que estão vindo mais positivos, além dos sinais mais recentes do Fed em intensificar seus esforços para conter a inflação elevada, o que indica o início das reduções de estímulos à economia americana. Outro ponto de atenção foi a fala dos representantes da BionTech, que comentaram que a vacina elaborada em parceria com a Pfizer irá proteger contra casos graves da Ômicron.

De dados econômicos, hoje saiu o índice de atividade da zona do euro, que apresentou leve aceleração. O PMI final de indústria da IHS Markit subiu a 58,4 em novembro, contra 58,3 em outubro. A estimativa preliminar era de 58,6 pontos. A agenda econômica no continente ainda reserva a fala do presidente do BC inglês (BoE), Andrew Bailey, que participará de evento às 11h.

Nos Estados Unidos teremos diversos indicadores a serem divulgados. Hoje tem o relatório ADP, às 10h15, sobre a criação de empregos no setor privado do país em novembro, com previsão de 506 mil, contra 571 mil em outubro. Logo depois tem o índice de atividade industrial medido pelo ISM/Chicago, às 12h, que deve subir para 61,1 em novembro. Às 12h30, haverá a divulgação dos estoques de petróleo e, às 16h, tem a divulgação do Livro Bege.

Outro fator que voltará ao radar dos investidores é a discussão sobre aumentar ou suspender o teto da dívida dos EUA.

Quanto às commodities, o barril de petróleo segue em alta após um forte movimento de baixa, com o preço do Brent caindo mais de 17% no mês de novembro. As atenções se voltam para a reunião nesta quarta do comitê técnico da Opep.

No Brasil, a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado acabou segurando a baixa de ontem na bolsa. O texto ainda precisa passar pelo crivo do plenário do Senado, que ficou para ser votado hoje.

Outro fator que deverá repercutir os mercados nesta quarta-feira é a classificação da S&P, que reafirmou o rating do Brasil em “BB-“, com perspectiva estável. O mercado deve enxergar isso como uma demonstração de confiança no país, mesmo em meio aos riscos fiscais após a flexibilização do teto de gastos.

Na agenda econômica teremos a divulgação de indicadores de atividades e, às 15h, serão publicados os dados da balança comercial do Brasil em novembro.

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