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Mercado global opera em baixa, à espera de dados de seguro-desemprego nos EUA; por aqui, investidores devem repercutir decisão do Copom

Quinta-feira também será marcada pela votação no Senado a respeito da desoneração da folha de pagamento

Foto: Unsplash

As bolsas globais apontam para queda nesta quinta-feira, 9, com os investidores atentos se as vacinas são realmente eficazes contra à nova cepa do coronavírus (Ômicron), além de aguardarem pela divulgação dos dados semanais de pedidos de seguro-desemprego dos Estados Unidos, às 10h30. A expectativa do mercado é de que os pedidos iniciais fiquem em  215 mil, abaixo da semana anterior, de 222 mil.

Os mercados europeus e os futuros americanos operam em baixa. Os investidores ficam à espera da divulgação dos números da inflação ao consumidor dos EUA, agendados para amanhã, e da reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), marcada para a próxima semana.

Na Ásia, as bolsas fecharam de forma mista após a desaceleração da inflação ao produtor (PPI, na sigla em inglês), que subiu 12,9% em novembro, segundo o Escritório Nacional de Estatísticas, número abaixo da taxa de 13,5% registrada em outubro. Contudo, ainda ficou acima dos 12,4% esperados pelo mercado.

Mesmo em patamares elevados, a inflação ao produtor desacelerou, reforçando a perspectiva de mais estímulos monetários para impulsionar o crescimento econômico. Já o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 2,3% no mês passado em relação ao mesmo período de 2020. A taxa veio abaixo das expectativas de aumento de 2,5%, mas acima do registro de 1,5% em outubro.

Ainda por lá, as atenções devem se voltar às inadimplências das dívidas no mercado imobiliário chinês, depois de que o Kaisa Group começou a trabalhar na reestruturação de sua dívida, e a maior incorporadora imobiliária do país, a China Evergrande, não pagou a sua dívida em dólares.

No campo corporativo, hoje as ações do Nubank (NUBR33) começam a ser negociadas na Bolsa de Nova York. Cada papel foi precificado a US$ 9, o que garantiu à fintech o título de banco com maior valor de mercado da América Latina, com cerca de US$ 41,5 bilhões.

Em relação às commodities, o preço do barril do petróleo apresenta queda nesta quinta-feira, refletindo algumas restrições sociais para tentar conter a disseminação da Ômicron, incluindo o Reino Unido. O preço do minério de ferro tem forte queda na Bolsa de Dalian.

No Brasil, os investidores deverão repercutir o comunicado do Copom em prever mais uma alta de 1,5 ponto percentual para a Selic na próxima reunião, marcada em fevereiro de 2022, o que elevaria os juros para o patamar de dois dígitos (10,75% ao ano).

Ontem, o comitê decidiu elevar a taxa básica em 1,5 p.p., para 9,25% ao ano, sendo a sétima alta consecutiva. Além da reação à decisão do Copom, a quinta-feira será marcada pela votação no Senado a respeito da desoneração da folha de pagamento.

Na prática, o texto autoriza 17 setores da economia a pagar uma contribuição previdenciária de 1% a 4,5% sobre a receita bruta no lugar de 20% sobre a folha de salários. A expectativa é de que o texto seja aprovado e os incentivos prorrogados até o fim de 2023. Sem a aprovação, os setores perderão os benefícios a partir de janeiro. Entre os indicadores, o destaque no Brasil é a divulgação da primeira prévia do IGP-M (Índice Geral de Preços ao Mercado), pela manhã.

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